são amorosos, fundos, pois dependem,
da luz dos teus onde eles dois se prendem,
apaixonados como nunca os vi!
E os teus dois olhos, dois poços sem fim,
são taciturnos se os meus olhos tendem,
correr sertões, rincões que se estendem,
sobre extensões grandes demais pra mim!
Mas os meus olhos teimam, querem ir
ver terras, mares que se subtendem,
em regiões remotas que se estendem,
onde retinas nunca irão cobrir…
Porém teus olhos, esses dois vão ver,
que essas jornadas que os meus empreendem,
são meras fugas pois aos teus se rendem,
como só deles fossem depender!
Então meus olhos, sela que te monta,
são indomáveis quando em ti se prendem,
ambos reluzem, brilham, se desprendem,
e atravessam os teu de ponta a ponta!
E os teus dois olhos ao fitar os meus,
são amorosos, fundos, eles tendem,
mirar retinas que jamais se rendem,
às fantasias dos olhares seus!