De andança em andança, descontente com a condição dos viventes – assim, no Sul, se diz das gentes, “viventes” – Luiz Miranda, nascido em Uruguaiana, espraiou-se, por breve tempo em São Paulo; exilou-se no Uruguai, nos idos dos “anos de chumbo”; logo retornou aos pagos, terra de seus afagos e inspirações…
Não, não viajou ao redor do mundo, mas escreveu a mais extensa obra de poemas já sabidas e lidas, pois se fez artífice daquilo que dizia: “Meu tempo é todo empregado na arte de recriar o mundo”.
E, nesta tarefa épica de sua recriação de mundo, já que neste mundo observado não se sentia inserido, escreveu sobre o amor de enamorados envolvidos em paixão como quem desenha uma elegante dança de salão.
Escreveu sobre o tempo, as pendências e as excelências do dia a dia e a desenfreada angústia do homem na busca de teto e pão, de justiça e da compreensão das madrugadas escuras.
Recriou em palavras rimadas as cavalgadas, as esperanças e os sonhos dos tropeiros das estepes, do chão de terras lavradas e dos pampas na figura emblemática que inundou sua memória com sua luta inglória, o Tonho Tropeiro. “Tonho tropeiro cavalga entre lendas e o instante”.
Viajou, na classe “vip”, por frases e despenhadeiros de palavras chaves para alardear suas crenças, declarar-se amante da liberdade e denunciar solidões, percorrendo lembranças da infância, da labuta de gente grande e dos dias de glórias e enganos, ora criando remakes, ora construindo pontes ou se jogando de corpo e alma nas águas e tempestades dos vendavais de verão.
Luiz de Miranda cantou o urbano e o rural com seus movimentos de coisas, bichos, pessoas e sentimentos. Não obstante, tornou-se encantado quando fitou as estrelas e fincou-as com flechas incendiárias no solo da poesia, colorindo e iluminando sua visão de eternidade concreta e alada.
Não, não viajou ao redor do mundo, mas escreveu a mais extensa obra de poemas já sabidas e lidas, pois se fez artífice daquilo que dizia: “Meu tempo é todo empregado na arte de recriar o mundo”.
E, nesta tarefa épica de sua recriação de mundo, já que neste mundo observado não se sentia inserido, escreveu sobre o amor de enamorados envolvidos em paixão como quem desenha uma elegante dança de salão.
Escreveu sobre o tempo, as pendências e as excelências do dia a dia e a desenfreada angústia do homem na busca de teto e pão, de justiça e da compreensão das madrugadas escuras.
Recriou em palavras rimadas as cavalgadas, as esperanças e os sonhos dos tropeiros das estepes, do chão de terras lavradas e dos pampas na figura emblemática que inundou sua memória com sua luta inglória, o Tonho Tropeiro. “Tonho tropeiro cavalga entre lendas e o instante”.
Viajou, na classe “vip”, por frases e despenhadeiros de palavras chaves para alardear suas crenças, declarar-se amante da liberdade e denunciar solidões, percorrendo lembranças da infância, da labuta de gente grande e dos dias de glórias e enganos, ora criando remakes, ora construindo pontes ou se jogando de corpo e alma nas águas e tempestades dos vendavais de verão.
Luiz de Miranda cantou o urbano e o rural com seus movimentos de coisas, bichos, pessoas e sentimentos. Não obstante, tornou-se encantado quando fitou as estrelas e fincou-as com flechas incendiárias no solo da poesia, colorindo e iluminando sua visão de eternidade concreta e alada.