O fato aconteceu em 6 de novembro de 2020 (terceiro dia de apagão), no município de Porto Grande. A vítima, um homem de 24 anos de idade, que era técnico de internet, foi encontrada morta no local de trabalho. Na época, esse fato teve repercussão nacional em virtude da vítima ter morrido de uma forma tão injusta.
De acordo com o Delegado Bruno Braz, a vítima dormiu em uma das salas da empresa que tinha um gerador de energia ligado e morreu asfixiada após ter inalado o gás tóxico liberado pelo equipamento.
“Após o resultado das perícias, ficou comprovado que a vítima morreu dormindo ao inalar o gás liberado pelo gerador. O gás é altamente tóxico, não tem cheiro e nem cor; a pessoa inala sem perceber, entra em estado de coma e para de respirar. Na sala em que a vítima adormeceu, a única saída de ar que existe é através da porta”, explicou o Delegado.
O inquérito policial foi concluído com o indiciamento de um colega de trabalho da vítima, que, em uma atitude imprudente, acabou fechando a porta e impedindo que o gás saísse daquele ambiente.
“O homem indiciado disse que esteve no local e viu o amigo dormindo. Ao sentir o cheiro do gás, saiu para dormir no carro e acredita que possa ter fechado a porta, impedindo que o gás fosse pra fora da sala”, finalizou o Delegado.
O inquérito policial será encaminhado ao Ministério Público para o oferecimento da ação penal.

