A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso de ameaça em uma escola particular no Gama. O pai de uma menina de 12 anos, aluna do 7º ano do ensino fundamental, registrou boletim de ocorrência após a filha contar que havia recebido bilhetes de outros estudante do colégio com frases como “te odiamos” e “vou te matar”.
Assustado com o teor dos bilhetes, o pai da menina procurou a coordenação do colégio e foi informado que uma equipe pedagógica apurava o caso. Durante a conversa com os gestores, ele ainda descobriu que as intimidações teriam começado em 6 de maio último, o que lhe causou estranheza, pelo fato de não ter sido informado sobre o caso antes.
A coluna Na Mira conversou com o pai da menina, que não terá o nome revelado para não identificar indiretamente a vítima. Ele enviou fotos de alguns dos bilhetes com as ameaças recebidas pela criança.
O pai da menina revelou o ocorrido inicialmente para o perfil do Instagram @coisasdogamaa. O caso é investigado pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama) como ato análogo ao crime de ameaça.
Posicionamento da escola
A reportagem procurou a escola para pedir posicionamento sobre o ocorrido e não teve resposta oficial até a última atualização deste texto. No entanto, por meio das mídias sociais, o colégio divulgou que acompanha a situação “com atenção e cuidado”.
As mensagens eram anônimas e foram deixadas sobre as mesas de dois estudantes, segundo a instituição de ensino. “Embora os bilhetes não sejam nominais, entendemos que a recorrência pode causar desconforto e insegurança tanto aos alunos quanto ao grupo como um todo”, destacou a escola.
Após a primeira ocorrência, a equipe de coordenação e orientação educacional acolheu os estudantes e reforçou os “valores de respeito e empatia”. “Contudo, nos últimos dias, foram identificados novos bilhetes, o que motivou a intensificação das medidas de acompanhamento e segurança”, acrescentou a escola.
“Um monitor foi destacado exclusivamente para acompanhar de perto a rotina da turma, e estão sendo analisadas imagens de câmeras de segurança, em busca de informações que possam nos ajudar a esclarecer a situação”, completou a instituição de ensino.
Ainda segundo o colégio, assim que a autoria dos bilhetes for identificada, serão tomadas “as medidas cabíveis”. Além disso, informou que gostaria de tranquilizar as famílias dos estudantes, “por mais alarmante que [o caso] seja”.
“A direção conta com estrutura completa de segurança, composta por brigadista, porteiros e monitores em todos os corredores, além do suporte contínuo de nossa equipe de psicologia escolar, disponível para atender e acolher os estudantes de forma individual e respeitosa”, concluiu.
Fonte: Metrópoles