Em mais uma fase da operação “Torniquete”, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCE-RJ), por meio da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), miram, nesta sexta-feira (25/7), funcionários de duas transportadoras que eram responsáveis por fornecer informações privilegiadas aos assaltantes de cargas.
As diligências para desmantelar a estrutura criminosa de roubo de carga ocorrem em localidades da Zona Norte do Rio e na Baixada Fluminense. Até a mais recente atualização desta matéria, seis integrantes da quadrilha haviam sido presos.
De acordo com as investigações, os funcionários, de diferentes escalões e funções, tinham acesso aos dados sigilosos, e sabiam quais cargas eram de maior valor, como joias e eletrônicos.
Segundo agentes da DRFC,em apenas um ano, 11 roubos de cargas com ativa participação dos criminosos foram registrados. O prejuízo soma cerca de R$ 3 milhões.
Segundo os agentes, os funcionários das transportadoras atuavam em conjunto com narcotraficantes de diferentes comunidades e facções criminosas, tais como Nova Holanda e Vila do João, ambas do Complexo da Maré, na Zona Norte.
A ação policial tem como objetivo reprimir roubo, furto e receptação de cargas e de veículos, delitos que financiam as atividades das facções criminosas, suas disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares de faccionados, estejam eles detidos ou em liberdade.
Desde setembro de 2024, com o início da sua segunda fase, a PCE-RJ já prendeu mais de 560 envolvidos. As cargas e veículos recuperados são avaliadas em cerca de R$ 39 milhões. As ações incluem ainda o bloqueio de mais de R$ 70 milhões em bens e valores.
Fonte: Metrópoles