Matheus Rodelo Monteiro Machado, de 27 anos, foi preso na noite dessa quarta-feira (8/10), acusado de aplicar golpes amorosos contra mulheres de diversos estados. Ele foi detido em Santos, no litoral de São Paulo. O preso usava redes sociais e aplicativos de relacionamento para se aproximar de vítimas e aplicar golpes financeiros contra elas.
Segundo investigações da Polícia Civil, o homem se apresentava como estudante de medicina, investidor, esportista e integrante de uma influente família do interior paulista. Ao conquistar a confiança das vítimas, contudo, aplicava golpes financeiros por meio de transferências de valores, uso de cartões de crédito e falsas promessas de investimentos.
A prisão é resposta a uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) após um processo movido por uma ex-namorada, que relatou prejuízos superiores a R$ 100 mil. Outras ex-companheiras possuem medidas protetivas contra o homem de 27 anos, que já foi denunciado em mais de 51 processos de crimes de estelionato por todo território nacional.
Após a expedição de um mandado de prisão, o suspeito foi encontrado em um esconderijo localizado no bairro Aparecida, em Santos. Imagens obtidas pelo Metrópoles mostram o momento da captura de Matheus. Junto com ele, foram apreendidos cartões de crédito, um celular, um relógio e um veículo.
Fontes policiais afirmam que o suspeito será indiciado por estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa. Ele está preso e permanece à disposição da Justiça.
Por meio de nota, a Polícia Civil recomenda que eventuais vítimas entrem em contato com alguma unidade da corporação para contribuir com informações ao inquérito. O caso foi registrado como captura de procurado no 3° Distrito Policial de Santos.
O que diz a defesa de Matheus
Procurada pelo Metrópoles, a advogada Bianca Campos Ferreira, representante do acusado, afirmou que “a defesa ainda não teve acesso a todo o conteúdo investigativo”, mas que considera ”a prisão do Matheus ilegal e desproporcional aos fatos investigados”.
A advogada afirmou ainda que a prisão fere o princípio constitucional da presunção de inocência e “contribui para um pré-julgamento injusto e midiático”.
“A defesa reitera sua plena confiança de que, tão logo seja garantido o acesso ao procedimento investigatório, demonstrará de forma inequívoca a inocência do investigado e o equívoco das acusações que lhe foram imputadas”, concluiu a advogada.
Fonte: Metrópoles