O governo do Rio de Janeiro vai transferir 10 integrantes do Comando Vermelho (CV), atualmente detidos na ala 7 do presídio de Bangu 3, para penitenciárias federais. A decisão foi tomada na noite de terça-feira (28/10), após a operação no Complexo da Penha que deixou 64 mortos, em uma conversa por telefone entre o governador Claudio Castro (PL) e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Entre os 10 detentos que serão transferidos, sete fazem parte da chamada “Comissão do Comando Vermelho”, a cúpula da facção no Brasil. A coluna teve acesso, com exclusividade, à relação dos presos:
- Wagner Teixeira Carlos, conhecido como Waguinho de Cabo Frio, integrante da “Comissão”, liderança em Cabo Frio e na Região dos Lagos, e braço direito do traficante Kadu Playboy;
- Rian Maurício Tavares Mota, conhecido como Da Marinha, integrante da “Comissão”, operador de drones com atuação no Complexo da Penha;
- Roberto de Souza Brito, conhecido como Irmão Metralha, integrante da “Comissão”, com atuação no Complexo do Alemão;
- Arnaldo da Silva Dias, conhecido como Naldinho, integrante da “Comissão”, administrador da “Caixinha” do Comando Vermelho, com atuação em Resende;
- Alexander de Jesus Carlos, conhecido como Choque ou Coroa, integrante da “Comissão”, com atuação no Complexo do Alemão;
- Marco Antônio Pereira Firmino, conhecido como My Thor, integrante da “Comissão”, com atuação em Santo Amaro e no Centro do Rio de Janeiro;
- Fabrício de Melo de Jesus, conhecido como Bicinho, integrante da “Comissão”, com atuação em Volta Redonda;
- Leonardo Farinazzo Pampuri, conhecido como Léo Barrão, não é integrante da “Comissão”, com atuação na Vila Kennedy;
- Carlos Vinícius Lírio da Silva, conhecido como Cabeça de Sabão, liderança na Favela do Lixão, em Niterói. Não faz parte da “Comissão”;
- Eliezer Miranda Joaquim, conhecido como Criam, liderança na Baixada Fluminense. Também não integra a “Comissão”.
Megaoperação
A operação no Complexo da Penha envolveu cerca de 2,5 mil agentes da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Ministério Público do Rio (MPRJ). O objetivo era desarticular a estrutura do Comando Vermelho, principal facção do tráfico no estado.
Durante o confronto, criminosos ergueram barricadas, lançaram explosivos por drones e abriram fogo contra as equipes policiais. Entre os 64 mortos estavam dois policiais civis e dois militares.
Fonte: Metrópoles





