O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de Ribeirão Preto, no interior paulista, investiga se Elizabete Arrabaça, suspeita de participar da morte da nora Larissa Rodrigues, que foi encontrada morta no fim de março, também tem envolvimento na morte de sua própria filha, Nathália Garnica, em fevereiro deste ano.
A morte de Nathália, antes dada como natural, passou a ser investigada como homicídio depois do resultado positivo para envenenamento entregue pelo Instituto Médico Legal (IML). O médico irmão de Nathália, Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, também será investigado.
Após a exumação do corpo de Nathália, a polícia constatou que a moça também morreu por ingestão de “chumbinho”, veneno utilizado para o controle de pragas, como ratos. O laudo toxicológico chegou à delegacia de Ribeirão Preto na última quarta-feira (18) e a polícia seguirá as investigações na unidade.
“Nós vimos uma semelhança e desde já instauramos um inquérito apartado para apurar as circunstâncias da morte da Nathália”, informou o delegado Fernando Bravo.
Em relação a morte de Larissa Rodrigues, tanto Elizabete, que era sogra da professora, quando Luiz, que era marido, já foram ouvidos. No entanto, serão realizadas novas coletas de depoimentos para tratar do caso da irmã do médico.
A polícia também analisará os celulares e computadores de Luiz e sua mãe para tentar encontrar novas informações que ajudem na investigação.
Entenda a morte de Larissa Rodrigues
O corpo de Larissa foi achado pelo marido na manhã do dia 22 de março no apartamento do casal, localizado no bairro Jardim Botânico, zona sul de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
A participação do médico se tornou evidente para a polícia pela forma como ele encontrou o corpo de Larissa, já em rigidez cadavérica, e por sua tentativa de limpar o apartamento depois de encontrá-la morta, interpretada como uma ação para ocultar provas da perícia.
Uma testemunha relatou à polícia que, aproximadamente 15 dias antes da morte, Elizabete Arrabaça estava procurando “chumbinho” para comprar. A substância tem a sua venda proibida.
O advogado Matheus Fernando da Silva, que representa a família da professora, afirmou que a conta bancária da vítima foi movimentada após sua morte.
Diante das evidências, a polícia solicitou e obteve a prisão preventiva de Luiz Antonio Garnica e de sua mãe.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso citado é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela 3ª Delegacia de Homicídios do DEIC e do DEINTER 3.
Fonte: CNN Brasil