homeopática, bem devagar, que vamos ensinando a desobediência.
Ok, falar é fácil, já entendi (você deve estar pensando) e o que devo fazer?
Minha sugestão é que você proceda assim: Juninho, quando terminar este desenho quero que vá tomar banho. E você deve ficar de olho, no controle, para saber quando o desenho terminar. Verificou que acabou, seja firme, diga: Pronto, terminou já para o banho! Quem manda é você, o responsável pela criança.
Mas criança tem sempre uma resposta: Ah, mãe! Todo dia eu vou primeiro, manda o Pedrinho.
Criança tem um senso de justiça pessoal ainda narcísica, isto é só pensando nela, muito aguçada e às vezes tem razão a gente manda sempre o mesmo, em geral o mais velho. O melhor é nos policiarmos um pouquinho e ser cada dia um que vai primeiro e, para que o segundo não seja tão privilegiado, que tal combinar que quem vai por último deve enxugar o banheiro?
Outro momento importante para ensinar a desobediência é quando eles nos pedem para sair brincar na casa de alguém ou em algum lugar e rapidamente dizemos NÃO, daí eles começam: Deixa mãe, só um pouquinho. Ou, Por favor, deixa mãe, eu sempre faço tudo que você me manda. Ou ainda o choro, e mais uma infinidade de artimanhas. Daí cansados dizemos: “Tá, vai e para de me encher”! Percebeu quem manda? Que o seu não pode significar qualquer coisa até mesmo um sim, então seria melhor pensar antes de responder e ficar com a palavra e a ordem final.
No nosso próximo encontro quero compartilhar com os leitores uma receita importante: “Como criar um marginal”. Até lá.