O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que seria o “alvo número 1” de Vladimir Putin e que sua família era o “alvo número 2” na guerra contra o país vizinho. O alerta chamou atenção para a primeira-dama Olena Zelenska, de 44 anos, arquiteta que trabalhou como roteirista de comédias. Olena também não era favorável à carreira política do marido que ganhou fama como ator e humorista e venceu a versão ucraniana da “Dança dos famosos”.
A primeira-dama revelou que soube da candidatura do marido à Presidência pelas redes sociais. Na época, ela questionou Zelensky sobre o motivo pelo qual ele não havia compartilhado a decisão antes de anunciá-la e recebeu como resposta: “Esqueci”.
“Não fiquei muito feliz quando percebi que esses eram os planos. Percebi como tudo mudaria e quais dificuldades teríamos que enfrentar”, disse na entrevista à revista vogue, em 2019, três anos antes de a Ucrânia enfrentar uma guerra contra a Rússia.
Olena cresceu na cidade de Kryvyi Rih, no Sudeste da Ucrânia, onde o marido também foi criado. Eles se conheceram na faculdade, onde ela estudou Arquitetura e ele cursou Direito. Ambos seguiram carreira na comédia. O atual presidente ucraniano abriu a produtora Studio Kvartal 95, onde a mulher trabalhava escrevendo roteiros. Eles se casaram em 2003, após oito anos de relacionamento. O casal tem dois filhos, Sasha e Cyril, com respectivamente 17 e 9 anos.
Mesmo não concordando inicialmente com o envolvimento do marido na política, Olena posteriormente abraçou o papel de primeira-dama, apoiando campanhas sobre Jogos Paralímpicos, alimentação infantil e combate à violência doméstica.
Olena usou as redes sociais desde o ínicio da guerra para mostrar ao mundo a violência que o país está sofrendo. Na última terça-feira, 2, Olena publicou um vídeo com imagens impactantes da invasão russa.
“Por causa do ataque de Putin, os ucranianos têm que levar seus filhos para os porões todas as noites e lutar contra o inimigo sob os muros de suas casas. A Ucrânia é um país pacífico. Somos contra a guerra e não atacamos primeiro. Mas não vamos desistir. O mundo inteiro, veja: estamos lutando pela paz também em seus países”, escreveu.
