Primeiro, porque seus opositores entenderam como acintosa a afirmação vez que a pecha de político profissional seria depreciativa, usada para definir políticos descompromissados com a população e alinhados com seus próprios interesses. Segundo, porque os mais argutos, entenderam que Jaime Nunes foi infeliz na afirmação, porquanto ele mesmo se coloca como amador, que na linguagem cotidiana quer dizer um praticante não qualificado de determinado ofício. A sinuca de bico da afirmação levou o debate para aferir, inclusive, a competência do time de comunicação e marketing do pré-candidato. Logo, Jaime Nunes, nas duas compreensões da afirmação, não registrou muitos ativos políticos.
É desse intuir, pela própria natureza do debate, que Jaime Nunes quis dizer que não depende financeiramente da política e que não integra qualquer grupo político tradicional. Isso é apenas uma hipótese interpretativa, posto que o conteúdo da frase pode levar a qualquer interpretação possível. Desse modo, seria convinhável que não houvesse proferido tal afirmação ante sua inesquivável profusão de hipóteses interpretativas. Há de se registrar que o cargo de governador de estado é um cargo que a ciência do Direito Administrativo e Constitucional o classifica, com rigor e método, como de agente político, logo, com meridiana clareza, se conclui que seu exercente é um sujeito político.
Jaime Nunes, na verdade, deixa claro em suas manifestações que é profissional em tudo que faz e diz isso com inescondível orgulho, daí o sucesso de seus empreendimentos, portanto, não seria razoável imaginar que se pretende amador na política. Seus opositores, da mesma forma, dizem que fazem política com maestria, isto é, com profissionalismo. O Amapá precisa de um exercente de um cargo político, no caso, governador do estado, que seja profissional no exercício de tão nobre múnus público, que trabalhe com esmero e compromisso e exiba suas competências e habilidades no dia a dia, logo, precisamos de um governador com habilidades e competências profissionais na gestão pública. Esse é o fato!
