Uma dor sentida a roubar energia e expulsar a alegria que em mim havia noite e dia antes de ser invadida pela folia ou estrepolia de horas vazias, nas páginas viradas e já contaminadas por ausências tuas ou minhas, ou tantas, configuradas ou reconfiguradas, não importa a porta por onde aporta ou deporta-se, ficam os vãos e vão-se as risadas das manhãs ensolaradas, das noites exuberantes, rescendendo a aromas e encantos…
Vou.
No eco dos passos fazem-se serestas, canções, orquestras…
E caminho como voam os pássaros, sem deixar rastros.
Ouço, ao Leste, o cântico das manhãs.
Escuto, ao Sul, o ressoar do primeiro sorriso.
O calor abrasador dos 40 graus tremeluzindo no ar – a Oeste.
Ao Norte, a estrela que me encanta e me fascina – chama, flama, conclama.
Fez-se um lapso…
O meu tempo é breve, a brisa leve, a chuva úmida sobre a minha face abre sulcos de novas imagens inimagináveis, fluorescentes, em meio as guerras de bichos e gentes nos zoológicos de medos e ódios dos egos descontentes atravessados no meio das estradas, rasuras ora intermitentes, ora sorrateiras e nada complacentes