Roberto Jefferson, ex-deputado federal, presidente do PTB, com uma longa trajetória na vida pública, já demonstrou acreditar ser uma espécie de Fênix da Política.
Após vários anos como deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro, no final do Governo Lula denunciou, sozinho, o esquema que ficara conhecido como Mensalão do PT, que nada mais era do que uma ditadura transvestida de democracia daquele Governo.
O esquema consistia em cooptação de deputados, através de pagamentos mensais, para comporem a base aliada do governo petista, votarem projetos de leis em consonância com os desígnios, de acordo com a ordem governamental.
Os representantes do povo, alugados por mesadas (mensalão), abandonavam o verdadeiro interesse de seus representados, que os elegeram, atendendo a vontade única e exclusiva do “rei”.
Roberto Jefferson, como lobo solitário, sublimando seu cargo de deputado federal, denunciou todo o esquema de corrupção, o que resultou na queda e prisão de vários integrantes do Governo Petista.
Como consequência, fora condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, apesar de ter confessado que o dinheiro que recebera do Partido dos Trabalhadores era caixa dois de campanha eleitoral e não corrupção. Frise-se que a única prova do recebimento do valor era a própria confissão do então deputado.
Naquela época, após cumprir pena em regime fechado, estando sob a égide do regime semiaberto, ao conceder entrevista a um jornal, sobre o novo escândalo denominado Petrolão, teve sua fala cerceada pelo STF. A Suprema Corte entendeu que “sobre política não poderia manifestar”, argumentando o Ministro Relator que alguém com direitos políticos cassados “não pode participar da vida política”.
Com respeito ao decidido pela excelsa Corte, aquela proibição, a meu ver, foi um ato de censura. Ao condenado restringe-se o direito de ir e vir, de acordo com a modalidade da pena. Os pensamentos, opiniões e manifestações são livres.
Cumprida toda a pena, Roberto Jefferson, ressurge como a fênix, participando, efetivamente, da vida política do país, não mais como parlamentar, mas como Presidente de seu Partido.
Como boquirroto, em exagero de retórica, iniciou uma colérica crítica aos membros do Supremo Tribunal Federal, as vezes em tom, exageradamente, agressivo e desrespeitoso, o que levou o Ministro Alexandre de Moraes a decretar sua prisão preventiva, convertida em domiciliar, proibindo, conceder entrevistas e censurando suas redes sociais.
Cumprindo a preventiva, desde agosto do ano passado, há quase um ano, portanto, Jeferson ressurge novamente das cinzas, dizendo-se pré-candidato ao Governo do Rio de Janeiro.
E, segundo alguns, irá apoiar a candidatura do deputado Daniel Silveira, em luta pela liberdade de expressão.
Confirmada a candidatura ao Governo Carioca, veremos se o Jefferson, assim como a fênix da mitologia, renascerá novamente das cinzas.
Tem-se certeza ao menos de uma coisa: os debates serão calorosos, dado a sua excelência na tribuna.
Tenho Dito!!!