no entardecer nebuloso ou amanhecer nublado
houve um agito, um silêncio camuflado.
Todos os sons inaudíveis e todas as canções não cantadas
fazendo a seresta da imperceptível madrugada.
A voz do vento, os passos do tempo suaves e lentos
nas brumas perderam-se em silenciosos ecos…
Verás, eu vi, que se alongara o silêncio penitente
por entre as veredas por estrelas salpicadas
deixando marcas salientes e espaços iluminados.
Embevecida neste mar de maresias de campinas e pradarias,
Às vezes sonhava alto, tocando estrelas, vasculhando galáxias.
Então sorria, luzia… Um luzir resplandecente, ao sol poente.
A travessia é de um só, somente um. Um somente, semente.
E quando se é constelação? Rejubile-se ao som do coração,
não largue a mão, estenda o braço e cantorias em abraços.
Ouço enternecida o sino dos ventos ao sopro da brisa matinal,
ele faz um leve cântico de folhas, gotas de aquosos cristais,
e os quero-quero fazem os agudos vespertinos outonais.