Outras duas duplas brasileiras acabaram se despedindo do torneio, ambas em confronto contra Talita/Taiana. Fernanda Berti/Bárbara Seixas (RJ) ficou na fase de grupos, em 25°, e Carolina Solberg/Maria Elisa (RJ) caiu na repescagem, em 17°. Os duelos das oitavas de final ocorrem no final da noite desta sexta-feira, e durante a madrugada serão realizadas as partidas das quartas de final da competição.
Talita e Taiana começaram o dia lutando para seguirem no torneio. Como haviam sido superadas na estreia do grupo F, tinham um jogo de ‘vida ou morte’ contra Fernanda Berti e Bárbara Seixas. Quem vencer, iria para a repescagem, quem perder, voltava para casa. E elas levaram a melhor por 2 sets a 0 (22/20, 21/13), em 38 minutos.
Horas depois, nova eliminação sobre uma dupla brasileira, desta vez superando Carol Solberg e Maria Elisa na repescagem: 2 sets a 1 (21/19, 13/21, 15/10), em 49 minutos de jogo. Nas oitavas, elas vão enfrentar as chinesas Chen Xue e Xinxin Wang, às 23h30 desta sexta. Talita analisou as vitórias, especialmente pela dificuldade contra duplas do mesmo país.
“Foram vitórias muito importantes, os times brasileiros se conhecem muito bem, se enfrentam com frequência no Circuito Brasileiro. Jogamos tanto contra Fernanda/Bárbara como contra Carol Solberg/Maria Elisa em etapas recentes. Agora é focar no próximo adversário, pois temos um caminho longo a ser percorrido para alcançarmos nosso objetivo”, disse.
Quem também avançou, mas sem passar pela repescagem, foi a dupla Ana Patrícia e Rebecca. Elas já haviam vencido na estreia, e pela segunda rodada da fase de grupos, superaram justamente Carol Solberg e Maria Elisa: 2 sets a 0 (21/16, 21/13), em 32 minutos. Com a primeira colocação da chave G, a parceria evitou a repescagem e ‘economizou’ um jogo. Rebecca comentou a vitória e a classificação à próxima fase.
“Estou muito feliz pelas nossas vitórias, nós gostamos muito de jogar aqui na China, esse detalhe é bastante importante, faz diferença. E jogamos muito bem taticamente o duelo de hoje. Jogos contra duplas do Brasil sempre são complicados. Estamos confiantes de que tudo dará certo e que levaremos um bom resultado para casa”, disse a defensora, que nas oitavas enfrenta as chinesas Fan Wang e Xinyi Xia.
Ágatha e Duda também passaram direto às oitavas de final, terminando em primeiro lugar no grupo C. Elas superaram as norte-americanas Kelley Larsen e Emily Stockman por 2 sets a 0 (21/19, 21/15), em 34 minutos, garantindo um bom resultado. Nas oitavas de final, elas encaram as também norte-americanas Alix Klineman e April Ross.
Fernanda e Bárbara Seixas somam 240 pontos na corrida olímpica pela 25ª posição, enquanto Carolina Solberg e Maria Elisa, que terminaram em 17°, somam 320 pontos.
Na corrida olímpica do Brasil, apenas os eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial, são contabilizados, cada um com peso correspondente. Além disso, os times terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só valem os pontos obtidos juntos, como dupla.
A corrida olímpica interna das duplas brasileiras acontece em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
Os países possuem quatro maneiras de garantir a vaga: vencendo o Campeonato Mundial 2019; sendo finalistas do Classificatório Olímpico, que será disputado na China, também em 2019; estando entre as 15 melhores duplas do ranking olímpico internacional; vencendo uma das edições da Continental Cup (América do Norte, América do Sul, África, Ásia e Europa). O Japão, sede, tem uma dupla em cada naipe já garantida.
As duplas campeãs em Xiamen recebem 800 pontos no ranking do Circuito Mundial e uma premiação de cerca de R$ 75 mil. A cidade chinesa recebe etapas do tour desde 2013 e o Brasil já foi campeão em três oportunidades, com Alison/Vitor Felipe (ES/PB), em 2013, Juliana/Maria Elisa (CE/RJ), em 2014, e Fernanda/Bárbara (RJ), em 2017.