Indiscutivelmente irracionalidade toma conta de vez na política das lideranças e até dos sempre presentes, mas menos importantes ativistas. O fato de não termos aprendido e principalmente não havermos conseguido lidar com diferenças entre gentes de nossas regiões, parece que eliminou totalmente o conceito e a grande necessidade em formarmos uma Nação.
Há tempos vem acontecendo feitos que beiram a imbecilidade. Temos hoje um país que se tornou um fenômeno por sua capacidade em alimentar a si e praticamente um bilhão de habitantes do planeta. E não estamos nem no meio dessas possibilidades, podemos avançar bem mais. Não fabricamos grandes bombas atômicas, não temos armas para impor respeito aos outros, mas indiscutivelmente essa capacidade alimentar que trouxemos ao mundo nos coloca pareado a outros no topo dos uteis e imprescindíveis a humanidade. Entretanto, tudo aqui nesse Brasil tem, entretanto, quando não tem um porém, há outro fenômeno natural internamente que é uma floresta tropical que acontece correr entre elas os maiores mananciais de água doce também existentes em nosso planeta. Dizer que chove porque ela está lá é uma imbecil sandice a qualquer cientista, cuja obrigação seria dizer que ela está lá porque chove.
O nome da notável excepcionalidade é Amazônia.
E por considerável que pareça, está se tornando não só mais importante, mas bem mais preocupante que o outro pedaço brasileiro que alimenta o mundo. Mais espantoso é que ela é tida e olhada não como parte integrante do território que pelo menos em tese forma a nação para a qual temos dificuldade em estabelecer conceitos.
Nela, todo mundo quer dar palpite. Não podemos nem a chamar de casa da mãe Joana, porque aí estaríamos nomeando uma proprietária, quando ela mais parece terra de ninguém ou de todos. Cada um que chega ou nem chega, irresponsavelmente adentra e constrói a verdade que quer, não aparecendo um santo remédio para correção desses males. Se falarmos em questão de soberania vira coisa de milico, se falarmos dos ocupantes, é coisa de exploradores e predadores da natureza.
Uma revista de circulação nacional da importância de uma VEJA que no passado fez as mais belas reportagens sobre a região, coloca agora como “limpando a área” que o presidente norte-americano dará um calor no nosso para tirar de dentro dela os os hoje desconhecidos brasileiros, ditos “garimpeiros”, que a conquistaram. O terrível é que a séde dessa grande publicação, está na cidade de São Paulo onde convivem com “cracolândias”, organizações criminosas mundialmente conhecidas e com meio ambiente produzindo águas pretas num tão necessário, embora em nível de Amazônia considerado córrego, rio chamado Tietê. O Criador o fez correr para o interior para não sujar o mar. E isso não os preocupam, nunca o cuidam como não mandam extrair daqueles meios, aprisionando ou “extubando” esses maus feitores à sociedade.
Agora, aqueles que lá estão naquele longínquo e rico interior que democraticamente acolhe a todos e cuja criminalidade em sua sociedade local é baixíssima, já apregoam a extração dos citados do lugar. Será que tem dificuldades em entender, copiando como estrangeiros o fazem, que lá é um território nacional e o povo tem a mesma nacionalidade que o do Sul com direitos e deveres e estão trabalhando com a criação, cultura e educação que receberam e possuem? O que pensa essa gente com seus comunicadores repórteres? Cassarem aos amazonidas o título de brasilidade? Transformarem-nos em apátridas? E muito mais grave, se permitindo levados por motivos políticos a aceitar e creditar autoridade a presidente de outro país para interpelar ou mesmo coibir a ação de um presidente nosso?
Essa política em disputa de facções pelo poder nacional está nos custando muito caro e prejudicando muita gente humilde que noutras plagas não recebeu oportunidades que outros tiveram. Na verdade, são todos caçadores de sobrevivência e gente que apenas procura saber se atrás do horizonte acontece morros mais azuis.
E nesta extremada loucura política, ousa um paulista oportunista proposto a vice-presidência falar tanta bobagem e mostrar desconhecer totalmente os regimes de ações da natureza na região amazônica. A este não podemos perdoar. Deveria sim, ter vergonha das mazelas que criou no Estado que tantas vezes governou. E este garupeiro que só a riqueza observou, bem por isso só quis saber da praia. Quanto ao cabeça de chapa, seu candidato a presidente, este compreendo e perdoo, falta-lhe cultura desde os bancos primários de escola, o que o autoriza a falar qualquer bobagem sem o menor conhecimento de causa. Mas, deviam ter lhe ensinado, Amazônia é nome de região, o país é BRASIL.
Estamos sim, num lugar onde sequer um vento carinhoso de atenção aos verdadeiros guardiões de uma das maiores ambições externas ao nosso país acontece chegar, mas é Brasil. Por isso quando Deus a edificou se perguntou: “AMAZÔNIA UM PARAÍSO?” A resposta do homem foi chocante: “Sim, o é, mas com muito sofrimento”.
Ps: indígenas amazônicos são por tais políticos muito citados, mas os mais pobres, sem esperanças ou direitos a terras tradicionais, se encontram na cidade da grande São Paulo.