Eu a dançar entre astros, saltar entre galáxias, caminhos de luz a riscar os universos, pairando afinal um olhar sobre a Terra – fascínio azul. Eras passadas. Houve um tempo de sossego para um arrego e alguns folguedos. Ali, em meio ao verde verdejante da campina, perscruto o azul do céu respingado de misteriosas estrelas – espelho e reflexo.
Assim vou tecendo pensamentos em frases, frases em poemas, poemas em explosões…
“Ora, direis”, podes dizer, ouço estrelas e muito mais. O infinito é além, onde quer que estejais.
O fato é que, quando eu já não estiver aqui, poderás me encontrar nas memórias de um sopro de luz solar nas águas de lagos, rios e mares – eu oceano; ou nos sonhos que sonhamos juntos ou nos sonhos que ainda irás sonhar…
Quando eu já não estiver aqui, junto a ti, não fales do que fui ou do que foi. Fala do que sentes por mim, pois onde quer que eu esteja, sinto por ti um amor assim, uma imensidão oceânica de bem querer.
O ambíguo gesto é contundente e feroz. Descobre o oculto e revela o secreto espelho do ser, pois a paz não nasce do calar, nasce do ouvir.