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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > José Altino > VIVENDO DEPRESSA
ColunistaJosé Altino

VIVENDO DEPRESSA

José Altino
Ultima atualização: 14 de junho de 2020 às 07:00
Por José Altino 5 anos atrás
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Lá íamos nós numa correria pelos planaltos do Triângulo Mineiro.

Estrada de terra, mas só sabíamos andar assim, no limite do que suportava carro e caminho.

Não se via, nos largos horizontes, sequer uma luz. Nada além de nossos faróis na terra e poeira. Volta e meia, próximo a Campos Altos, Ibiá, uma ou outra ema saia da frente, como se corresse atrás da vida.

 O velho, que confiava muito em minha direção, só dizia: – “De maneira que, se você atropelar e entrar em baixo duma bicha dessa ela vem pelo para-brisas para sentar no meu colo”.

 E eu só respondia que se, pelo menos, elas usassem saia, aí sim, teria alguma chance de isso acontecer, provocando uma gargalhada como de reconhecimento por sua simpatia ao mundo feminino. Parecia gostar mais da fama do que da realidade, embora eu não colocasse nunca, a mão no fogo por ele.

Apesar de bastante velozes, ainda assim parecia que não vencíamos a distância e não chegávamos nunca. Minha pouca idade e impaciência, faziam eu reclamar a todo instante, e ele, disfarçando não ouvir meus reclamos.   Mas, pai tinha o dom das premissas e de repente soltava uma:

 –“O homem que anda muito na escuridão, como há horas estamos, sem referências a frente ou visão do destino, sente bem mais a demora de chegar ou de ter sucesso”!

Fiquei na minha, sem saber se ele filosofara ou apenas me respondera.

Não foi muito tempo mudou o cenário, com a estrada inclinando para baixo, começando uma longa descida, ao nosso destino que já se avistava, a distante Uberaba.

Olhando para ela, comentei que tínhamos passado por belíssimas planícies, campos vastos e belos horizontes, ideais para vilas, cidades, moradias e, no entanto, o povo antigo tinha mania de as fazer construir dentro de buracos. 

 Pai, que sempre tinha resposta parecendo pronta, veio com uma explicação lógica, que eu nunca observara: –“Nossa colonização é de cultura portuguesa, sem nenhuma alusão à suas maiores ou menores inteligências, eles sempre preferiram baixar aos vales, para ficarem próximos a água. Achavam mais fácil assim, mesmo que tivessem que conviver com o esforço do sobe e desce morro, do que simplesmente levarem a água até eles, nos planos acima. E tem mais, ainda fazendo que tais rios ou igarapés, levem os dejetos de seu próprio uso dos esgotos. Preferiam sempre, apenas o aspecto prático. Era um povo com qualidades outras incríveis, que herdamos sem as valorizarmos. Foram conquistadores de pouco sangue derramado. Nunca mais que o necessário, dando preferência a lábia e ao comércio. Talvez, até por não conhecerem nem o cultivarem, não nos legaram ódios ou ranços. Talvez também, você não tenha notado, nas cidades do tempo deles ou mesmo em outras que absorveram os costumes deixados, muitas residências são emendadas paredes com paredes. Uma boa parte, ainda tem telhado comum a três ou quatro moradias em baixo. Para quem faz isto e assim mora, demonstra máxima tolerância com vizinhos e preferência por uma vida familiar e em total sociedade. Pode acreditar, o português é o latino doce. Se passa raiva, o vento leva. Mais ou menos, como nós, lá em casa”.

Meu cansaço diminuiu atenção a sua fala, não permitindo muito valor ao que dissera. Mas, memorizado e registrado…

Três dias após, seguimos de Uberaba para Ribeirão Preto. Seria muito melhor, porque da divisa Minas- São Paulo para frente, já era asfalto e eu gostava de fazer os pneus cantarem no preto liso.

Ia voando baixo, como se me compensasse do esforço da estrada de terra, achando que estava fazendo muito bonito para ele. Ainda dizia, que pelo caminho mineiro todo, a gente não tinha visto nenhum animal morto, e agora, no moderno trecho paulista, já estava cheio deles. De repente, sem contrariedade, embora desprezando a minha habilidade demonstrada, me pôs, feito menino, em meu lugar de iniciante na vida. – “De sorte, que você está correndo bastantinho. Não exagere. E esse tanto de bicho atropelado é tragédia ocasionada pelo desajuste advindo da vida moderna. Eles ainda não se habituaram com a velocidade que os homens passaram a desenvolver, assim como tem homens, que não se acautelam com a pressa desnecessária, como você está nela agora, até para viver”.

Nem sei como perdi, ou se perdi esse pai que tanto conto casos com ele vividos ou por ele narrados. Ainda outro dia, finados, fui até lá, onde ele está, para batermos mais um papinho. A marca destes homens, que insisto em dizer não existirem mais, ficam tão dentro da gente, como referência, meta e porto seguro, que toda vez que se tem a dizer coisas boas, vêm eles à tona, numa força estranha, como se nada diferente tivéssemos a dizer ou vivido.

 Pois é, a vida foi e vai mesmo muito depressa, e continuo tendo pressa, até preocupado, se ainda vou continuar a escrever por tempo bastante o que busco transmitir…



José Altino 
Jornalista diário, escritor, aviador, ex-fundador da União Sindical dos Garimpeiros da Amazônia Legal, ex-membro do Conselho Superior de Minas.

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José Altino 14 de junho de 2020 14 de junho de 2020
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