É um tratamento psicológico que começa com uma avaliação da reação do indivíduo frente a um determinado problema. No caso de uma resposta negativa frente a esse problema (como por exemplo dor, incômodo ou tristeza), inicia-se uma abordagem direcionada para a resolução de problemas. Nas crianças e adolescentes são aplicadas técnicas que desenvolvem habilidades e competências para que se relacione de modo saudável com o outro, consigo e com o mundo (chamada de tríade cognitiva).
2. Quais os principais problemas que levam a esse tipo de tratamento (TCC)?
São problemas emocionais e de comportamento, traumas infantis, luto, bullying, demandas escolares, transtornos do neurodesenvolvimento, tiques, transtorno de aprendizagem, ansiedade de separação, transtorno opositor desafiador, compulsão alimentar, entre outros.
3. Nos fale algumas técnicas utilizadas no tratamento de crianças?
Várias técnicas podem ser abrangidas através das demandas. Por exemplo: formas de fazer amigos, iniciar e manter uma conversa, manejar a agressividade, lidar com provocações, dar e receber cumprimentos, pedir ajuda, entre outras. Primeiro, a habilidade específica é ensinada a criança ou adolescente mediante instrução direta. A seguir, inicia-se a prática gradual, pois o ensaio facilita a aplicação, o que frequentemente envolve uma representação de papel. Então, o paciente recebe feedback do terapeuta a fim de corrigir os erros ou manter a habilidade. Por último, o paciente experimenta a habilidade aprendida e treinada em contexto do mundo real, com ou sem acompanhamento do terapeuta.
4. Qual a importância da família nesse tipo de tratamento?
Não é possível realizar psicoterapia infantil sem a colaboração da família. Ela tem que trabalhar em conjunto com o terapeuta, porque é indispensável modificar o ambiente das crianças, uma vez que os problemas ocorrem muito mais frequentemente fora da terapia do que na sessão. Na prática clínica, é possível observar uma evolução positiva, mais rápida no comportamento infantil quando os familiares compreendem os sintomas e o funcionamento da criança e se envolvem nesse processo, possibilitando mudanças nas ações e atitudes dos seus filhos.
5. Como se pode notar que uma criança ou adolescente necessita de tratamento?
Quando as respostas comportamentais e emocionais da criança ou adolescente causam sofrimento e prejudicam de forma significativa sua adaptação social, presume-se que estão faltando habilidades comportamentais mais adequadas. Para determinar um comportamento problema, é necessário um entendimento do contexto vivenciado e a repercussão do comportamento. Quando este desvia-se significativamente das expectativas do desenvolvimento, deve ser procurada ajuda de um profissional. A orientação da criança e suas famílias
sobre os desvios de desenvolvimento é frequentemente um dos principais focos do tratamento que leva a prevenção e promoção da saúde mental em crianças e adolescentes.
6. Qual o impacto que o confinamento, causado pela pandemia, trouxe a saúde mental das crianças e adolescentes?
Ansiedade, tédio, estresse e desinteresse pelas aulas online são os comportamentos mais presentes nesse isolamento.
Tudo isso gera prejuízos dentro das relações familiares e sociais. Expectativas negativas sobre futuro, perda de interesse social e diminuição do rendimento escolar.
O “tédio” leva a criança e o adolescente a focar sua energia em celulares, jogos e séries. Diante desse cenário, é necessário que a família ligue o alerta e redobre a atenção dentro de casa sobre o conteúdo acessado, o tempo de uso dos eletrônicos e das vulnerabilidades que aumentam os riscos no ambiente virtual. O melhor caminho é colocar a disposição deles outros recursos de distração
Convidada da semana
Raquel Alves Ferman
Psicóloga Clínica
CRP/04198
Terapia Cognitivo Comportamental
Sistemica Familiar
Contato: (96) 98406-5435
Dr. Achiles: Médico Radiologista; Professor da Unifap; Mestre em Ciências da Saúde
Nos últimos anos a Terapia Cognitivo-Comportamental. (TCC) tem tido um impacto positivo na saúde mental.
Hoje no #vemcomigofalardesaúde conversaremos com a psicóloga Raquel Ferman. Ela vai nos falar sobre a abordagem desta terapia em crianças e adolescentes.