O poder de erodibilidade (erosão) fluvial depende da carga detrítica transportada. Por isso, o material grosseiro, proveniente do intemperismo físico, representa o elemento mais importante, pois confere maior ação abrasiva aos rios, este conceito é consenso entre os estudiosos dos fenômenos geomorfológicos.
A erosão fluvial (terras caídas) é um fenômeno que ocorre pela combinação de vários fatores naturais, e pode ser observado em vários rios amazônicos, inclusive com facilidade desde o rio Madeira (RO) até a região do Bailique (AP). Seus efeitos são acentuados pela ação antrópica, ao ocupar e desmatar as frágeis margens aluviais. OS estudos precisam de maior aprofundamento da problemática e da solução, pois isso demanda tempo, recursos financeiros e detalhamento metodológico de pesquisa, mas trazer à “tona” um problema imerso, no mínimo no esquecimento do poder público que deveriam prestar assistência às comunidades ribeirinhas, e ainda instigar novas pesquisas.
Mesmo sabendo que as causas são predominantemente naturais, seus efeitos podem ser mitigados e a ocupação inadequada, embora necessária, das margens pode ser melhor planejada, evitando principalmente o desmatamento indiscriminado.
O problema é grave, residências, igrejas e estabelecimentos comerciais, sendo alguns com alto valor histórico, correm o sério risco de serem levados pelas “terras caídas”, ou seja, a história, materializada em construções do primeiro e segundo ciclos da borracha poderá literalmente ser levada rio abaixo.
Não há, quando observamos as três esferas de poder, um plano de estudo e pesquisa, de mitigação ou tão pouco de ajuda das populações ribeirinhas que sofrem diariamente com a movimentação do território que margeiam os rios.
Em princípio todas as comunidades, sendo pequenas vilas ou até cidades estruturadas, como Macapá(AP), passam por processos de erobilidade das suas orlas.
Assim há a necessidade de existir um Plano de Contingência e Emergência de Incidentes e Acidentes provenientes das Terras Caídas, visto que assim haverá uma maior economicidade nos investimentos públicos (com cestas básicas, realocação de populações {refugiados ambientais}, transporte, saúde, educação, pesquisa dentre outros) que sempre são feitos a partir de catástrofes que ocorrem rotineiramente na Amazônia Legal. [email protected].