Há cavernas e grutas – o teu ventre ou o teu útero, onde germina o fruto.
Caminho por planícies e vales – extensão da dispersão da colheita e plantação.
Ondulam montanhas e colinas – são os teus cílios ou sinais das marcas das jornadas preconizadas.
Mãe Terra!!!
Espelhada nos luares, nos lagos e remansos onde os sonhos dançam…
Piso de leve em “solo” breve da cantoria a trovar solfejos da tempestade à bonança – Laudate Dominum na voz do menestrel espalha nos ares os aromas do mel encontrado nas canções de “Luar do Sertão” ou nos versos dos “Céus de Santo Amaro”.
Observo, amo, admiro as flores dispersas ao longo das sendas – oferendas tuas para dar colorido e vivificar o percurso de teus filhos, os filhos da Mãe Terra.
Sento-me no chão para sentir o acalento de teu colo, a firmeza ou o sustentáculo que és – generosa provedora. Reverencio-te e abomino todos os que contra ti armam bombas e extermínios.
Abraçar-te, proteger-te e compreender a grandeza que representas para os viajantes deste itinerário é urgente. Terra, abrigo, pouso e repouso és a propulsora do voo.
Tudo é simples, tudo é belo quando há a conexão, o cuidado e o zelo com a Terra – a verdadeira expressão da gratidão pela vida que faz fluir os riachos, faz brotar límpidas e nascentes, faz rolar pelas rochas cachoeiras efervescentes de frescor e sonoro e trepidante visual da energia crescente.
A figura mergulha a esfera em esferas na estratosfera, Mãe Terra!
Mãe Terra!!!