Por três temporadas, o trio de ataque estrelado do Barcelona formado por Lionel Messi, Luis Suárez e Neymar dominou o futebol de clubes. Forjando uma era de sucesso sem precedentes, o icônico “MSN” – como ficaram conhecidos – marcou incríveis 364 gols e 173 assistências juntos, incluindo uma histórica tríplice coroa em sua primeira temporada.
A transferência de Neymar para o Paris Saint-Germain por um valor recorde mundial em 2017, no entanto, sinalizou o fim da aclamada força ofensiva.
Messi e Suárez permaneceram juntos por mais três temporadas antes do uruguaio partir para o Atlético de Madrid. A dupla, porém, se reuniu em 2024 no Inter Miami, enquanto o brasileiro atualmente atua na Arábia Saudita pelo Al Hilal.
“Obviamente, jogar novamente com Messi e Suárez seria incrível”, disse ele à Amanda Davies, da CNN Esportes, após ganhar o Prêmio Carreira no recente Globe Soccer Awards em Dubai, Emirados Árabes Unidos.
“Eles são meus amigos. Ainda conversamos. Seria interessante reviver este trio. Estou feliz no Al Hilal, estou feliz na Arábia Saudita, mas quem sabe. O futebol está cheio de surpresas.”
“Quando a notícia saiu que eu estava deixando o Paris Saint-Germain, a janela de transferências estava fechada nos Estados Unidos, então não tive essa opção. O projeto que me ofereceram (na Arábia Saudita) foi muito bom, não só para mim, mas também para minha família, então ir para a Arábia Saudita foi a melhor opção.”
Suárez jogará ao lado de Messi por pelo menos mais um ano nos Estados Unidos após recentemente concordar com uma extensão de contrato de um ano com os vencedores do último Supporters Shield.
Existe, no entanto, a possibilidade de que os três possam se reunir novamente em solo americano em 2026, já que cada um busca liderar seus países ao maior prêmio do futebol mundial: a Copa do Mundo.
Apesar de ter vencido a Copa das Confederações e o ouro olímpico, o troféu mundial ainda é elusivo para o brasileiro e um que seu país tem estado desesperado para conquistar desde seu último triunfo em 2002.
Em sua primeira Copa do Mundo em solo nacional em 2014, o atacante sofreu uma lesão que encerrou seu torneio nas quartas de final, antes da Seleção sofrer uma histórica e humilhante derrota de 7 a 1 para a Alemanha.
Mesmo igualando o recorde oficial de gols de Pelé pela seleção, ele viu sua equipe ser eliminada do torneio no Catar em 2022, desta vez perdendo na mesma fase nos pênaltis para a Croácia.
A equipe atualmente ocupa a quinta posição na tabela sul-americana com apenas cinco vitórias em 12 jogos das eliminatórias – apenas as seis primeiras de 10 nações se classificam diretamente para as finais.
Neymar
Neymar, no entanto, está confiante que sob a liderança de Dorival Júnior seus companheiros podem superar as dificuldades atuais e chegar às finais no Canadá, Estados Unidos e México.
“Tenho muita fé no time, nos jogadores que estão surgindo, que são jovens. É um time jovem”, diz ele. “Hoje, não estamos na posição que gostaríamos de estar. Acho que juntos podemos alcançar algo muito grande. Temos um ano, um ano e meio para trabalhar, para fazer as coisas certas para chegar à Copa do Mundo.”
Lesão
A última aparição do jogador de 32 anos com a icônica camisa amarela foi em outubro de 2023, quando rompeu tanto o ligamento cruzado anterior (LCA) quanto o menisco do joelho esquerdo em uma derrota por 2-0 para o Uruguai.
Ele retornou um ano depois pelo Al Hilal antes de sofrer uma lesão na coxa que o afastaria por mais um período. Tendo perdido a primeira metade da Saudi Pro League nesta temporada, o brasileiro agora está ansioso para recuperar o tempo perdido tanto pelo clube quanto pela seleção. Será que ele acredita ter o que é preciso para voltar à seleção a tempo de 2026?
“Vou tentar. Quero estar lá. Farei tudo que puder para fazer parte da Seleção”, diz o astro com 128 jogos pela seleção. “Sei que esta será minha última Copa do Mundo, minha última chance, e farei tudo o que puder para jogar nela.”
A chegada do brasileiro ao Al Hilal no verão de 2023 seguiu os passos de superestrelas globais como Cristiano Ronaldo e Karim Benzema, que se juntaram ao Al Nassr e Al Ittihad, respectivamente. Isso ressaltou o pesado investimento do país no esporte e a ambição da liga de se tornar uma das principais competições do mundo nos próximos anos.
Embora o tempo de jogo seja algo que o atacante tem tido muito pouco desde que se juntou ao clube de Riad, ele concorda com uma afirmação ousada feita por Ronaldo de que a Saudi Pro League cresceu tanto em estatura, status de superestrela e estrutura que já superou a Ligue 1 da França.
Fonte: CNN Brasil
