Entre as tantas palavras que atravessam nossos pensamentos diariamente, poucas são tão simples — e ao mesmo tempo tão poderosas — quanto “permissão”. Se perguntarmos a alguém se se permite ser feliz, abundante ou saudável, é comum ouvir uma resposta afirmativa. Mas, em silêncio, muitas vezes ecoa uma voz interna que diz: “Será mesmo que posso?”.
Sob uma lente neuropsicopedagógica, esse “sim” ou “não” que sussurramos para nós mesmos é, em grande parte, o resultado de padrões mentais moldados desde os primeiros anos de vida. O cérebro humano, como demonstram estudos em neurociência, é altamente plástico nos primeiros doze anos. Nesse período, redes neurais se formam como trilhas numa floresta virgem, abertas pelas palavras, olhares, gestos e permissões — ou proibições — que recebemos dos adultos que nos cercam.
Assim, uma criança que cresce ouvindo “você não pode”, “isso não é para nós”, “dinheiro não traz felicidade” ou “não vá tão longe” vai, pouco a pouco, inscrever em suas sinapses as rotas de um mapa mental de escassez. Quando adulta, essa pessoa pode até nomear suas limitações de outra forma: chama de azar, carma, castigo divino, destino traçado ou simplesmente sina. Mas, no fundo, trata-se da ausência de permissão. Uma permissão não dada externamente, mas que, ao longo dos anos, foi introjetada e se tornou um “não posso” cravado na mente.
Essa percepção é reforçada por pesquisas em neurociências aplicadas: o cérebro tende a repetir padrões familiares porque isso economiza energia mental. Nossa mente é preguiçosa, ou econômica às avessas, toma atalhos para economizar energia vital. Para ele, não importa se o padrão é positivo ou negativo — importa que seja conhecido. Por isso, quem não se percebe autorizado a prosperar acaba, muitas vezes, repetindo ciclos de autossabotagem que justificam o infortúnio: “Eu já sabia”, “Nada dá certo para mim”, “É meu destino”.
Na esfera sociológica, vemos como a ideia de permissão ultrapassa o indivíduo. Sociedades inteiras foram, ao longo dos séculos, moldadas por crenças coletivas sobre o que é permitido ou não. Nas culturas orientais, por exemplo, o conceito de carma foi, por vezes, interpretado de forma a resignar o indivíduo a uma posição fixa. Já nas sociedades ocidentais, as religiões e os sistemas de poder muitas vezes utilizaram a noção de culpa e pecado como forma de controle, limitando as permissões individuais para questionar, ousar e expandir.
No entanto, assim como aprendemos a negar permissão, também podemos reprogramar nossas trilhas mentais. A psicologia positiva nos lembra: todo ser humano é capaz de ressignificar suas crenças limitantes e cultivar uma nova permissão interna. Uma permissão para experimentar a prosperidade, a saúde e a alegria como direitos legítimos, não como exceções reservadas a poucos.
Falando assim, parece fácil, mas na verdade viver é jornada, é uma divina aventura, o Mestre dos Mestres Jesus de Nazaré ensinou que somos deuses e, que se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda faremos obras maiores que as Dele! Ual, isso é uma bomba que dinamita nossos medos e travas de falta de permissão positiva e, como um dínamo, nos impulsiona a sair da zona de conforto que o lodaçal dos medos e proibições aprendidas nos lançam desde o útero até os primeiros anos de vida, se cristalizando como verdade absoluta para não irmos muito longe, para não transgredirmos as crenças de nossos ancestrais, não ouse ser diferente! Siga o plano de seus antepassados, pobre é pobre, rico é rico!
Ouse, sim! Grite a plenos pulmões: Mentira! Eu sou filho de Rei! Eu sou uma possibilidade infinita e a partir de hoje, me permito ter as cinco saúdes que formatam uma vida épica: saúde física, saúde mental, saúde espiritual, saúde cultural ou social e saúde financeira!
Permissão concedida, dirá seu Pai eterno, os seus antepassados aplaudirão sua ousadia e serão honrados por ti, como Moisés ensinou nos Mandamentos da Lei Antiga.
Lei essa que o Cristo de Deus, Jesus, não veio abolir, mas explicar, esclarecer, redimensionar para uma humanidade inteira e não para uma sociedade exclusiva e detentora de permissões.
Então, fica o convite: você tem permissão para prosperar, para ser saudável, para ser feliz. Não porque alguém de fora lhe concedeu isso, mas porque, dentro de você, mora o guardião mais poderoso da sua história: você mesmo.
Permissão: A Pequena Palavra que Guarda um Universo de Possibilidades

Professora, historiadora, coach practitioner em PNL, neuropsicopedagoga
clínica e institucional, especialista em gestão pública.