Queridos irmãos e irmãs em Cristo, “Que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês! (Gálatas 1.3)”
“Feliz a nação que tem o Senhor como o seu Deus! Feliz o povo que Deus escolheu para ser dele!” (Sl 33.12). Assim começa o nosso salmo indicado para este final de semana conforme a nossas leituras da semana, e com ele somos convidados a refletir sobre a confiança no Senhor. Em tempos de insegurança, incertezas econômicas, crises familiares e ansiedades diárias, a Palavra de Deus nos chama a redirecionar o nosso coração: do medo para a fé, da preocupação para a confiança, do acúmulo para a generosidade, da ansiedade para a esperança eterna. Afinal como também nos lembra o evangelho de Lucas que o importante é colocarmos nossa esperança e confiança nas promessas de Deus e o resto ele nos dará dentro do que precisarmos para vivermos bem.
Por isso, hoje meditaremos sobre essa confiança, essa fé que não se apoia no que é visível, mas no que Deus prometeu. Vamos caminhar com Abraão, que estava sem nenhum filho mesmo sendo idoso, mesmo assim Deus lhe deu uma promessa: “(5) — Olhe para o céu e conte as estrelas se puder. Pois bem! Será esse o número dos seus descendentes. (6) Abrão creu em Deus, o Senhor, e por isso o Senhor o aceitou. (Gênesis 15.5-6).” Assim, também nós que ao ouvir o chamado de Jesus para não andarmos ansiosos e, reconhecer em Hebreus o testemunho da fé, e louvar com o salmista aquele Deus que cuida do seu povo.
Visto que os textos que nos norteiam neste final de semana são o Salmo 33.12-22 e nos mostram que Deus é sobre todos e que a confiança no Senhor é primordial. Já por sua vez, em Genesis 15.1-6, somos lembrados que Deus faz aliança com Abraão e que por meio da fé todas as pessoas são coerdeiras da Aliança feita por Deus que deu promessas a Abraão e seus descendentes. E por sua vez em Hebreus 11.1-16 nos mostra quão importante é confiarmos nas promessas de Deus mesmo que não as enxerguemos, mas confiar é um princípio necessário para aguardamos em fé as promessas de Deus acontecerem no tempo estipulado por Deus. Novamente somos lembrados que confiar na graça de Deus, nas suas promessas é sinal de entendimento e sinal de desfrutar a vida aqui, como os olhos no futuro eterno prometido por Deus. Mas, enquanto isso não acontece, somos convidados por Jesus à “Por em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus, e Deus lhes dará todas essas coisas. (Lucas 12.22-34)”
Pensando nisto é preciso nos questionar: Qual a herança que estamos deixando para as gerações futuras? Hoje é véspera de uma data muito especial, o Dia dos Pais. E é um momento oportuno para refletirmos sobre algo muito especial: Como pais, tenho ensinado aos filhos a colocarmos a Confiança na Promessa de Deus?
Por isso sempre fica um questionamento importante a ser lembrado de que, essa confiança em Deus, foi considerada como justiça, ou seja, não é o homem que faz a coisa certa para salvar-se, mas é Deus que resolveu nos Salvar em Cristo que faz parte do plano de Deus e é o plano de Deus para Salvar a humanidade. Se Cristo Jesus cumpriu a lei então, Nele temos a sua graça revelada como aquele que faz por nós o que não podemos fazer. Aqui está o coração da justificação pela fé, muito antes da Lei de Moisés, muito antes da cruz: Deus se agrada quando confiamos nele, mesmo quando não vemos. Deste modo, não é imprescindível que os homens antes mesmo de gerar uma nova vida tenham ciência de que eles não estão gerando um filho, uma criatura, mas são responsáveis de gerar uma nova alma que dependerá também, 100% da misericórdia de Deus. Pensando nesta lógica, é importante que os pais só sejam pais se tiverem o compromisso de ensinar os filhos a serem dependentes da graça de Deus.
Sei bem que nem todos os pais se preocupam com a fé dos seus filhos, mas é responsabilidade de dos pais de ensinar os filhos a temer a Deus. Lembrando isto, ao escrever o seu Catecismo Menor especialmente a respeito da lei de Deus, o reformador insiste que é dever do chefe de família ensinar com simplicidade os mandamentos a sua família. Isto é, ser pais é uma coisa importante que vem acompanhado pela necessidade de viver a paternidade ensinando aos filhos o temor a Deus e crer nas suas promessas como sendo também para os filhos. Todavia e, infelizmente, muitos pais se matam trabalhando para deixar heranças materiais para os seus filhos, mas é isso mesmo que tornará o filho ou a filha alguém respeitável? Na prática não, o que torna alguém reconhecido é o seu comportamento que deve ser guiado pela Palavra de Deus.
Neste sentido cabe a reflexão: Se alguém é apegado a bens materiais é porque apreendeu em casa a ser assim, se a pessoa é apegada a palavra de Deus é porque apreendeu em casa esse exemplo.
Quantos de nós não vivemos nesse mesmo tipo de tensão? Trabalhamos, cuidamos das nossas famílias, fazemos planos… mas no fundo do nosso coração, sabemos que este mundo é transitório. A fé nos lembra que pertencemos a outra pátria, uma pátria celestial. Como diz o escritor de Hebreus 11.16: “Mas, pelo contrário, estavam procurando uma pátria melhor, a pátria celestial. E Deus não se envergonha de ser chamado de o Deus deles, porque ele mesmo preparou uma cidade para eles.”
Sinceramente espero que todos os pais estejam preocupados em deixar o legado da Salvação eterna para os seus filhos, pois se os pais não ensinam, são desleixados com o ensino bíblico para os seus filhos e eles não serão conhecedores das verdades bíblicas. A grande verdade é: Pais responsáveis em levar os filhos na Igreja fazem de tudo para terem um lar alicerçado no amor. Quem assim faz terá o respeito dos filhos no final da vida. Pais que não valorizam a sua vida religiosa e a vida dos filhos tem tudo chegar ao final da vida sem paz e consolo. Pois a consciência irá lhes atormentar por terem deixado os seus filhos sem uma adequada educação cristã. Neste caso, poderão facilmente passar os seus dias na miséria, não necessariamente, física, mas emocional e espiritual, ou, talvez na prática e na melhor das hipóteses num asilo, pois serão um peso para os seus filhos, visto que não apreenderam sobre o verdadeiro amor misericordioso. Por isso cabe recordarmos a primeira estrofe da música do padre José Fernandes de Oliveira, popularmente conhecido por Padre Zezinho que canta a música: “Oração pela família”: “Que nenhuma família comece em qualquer de repente/ Que nenhuma família termine por falta de amor/ Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente/ E que nada no mundo separe um casal sonhador!” A responsabilidade paterna é grande, mas quando s pais se abrigam no Senhor fica mais leve e suportável e, em vez de um peso Deus faz ser uma grande bênção, mas o contrário também é verdade: quem gera filhos fora do casamento está caminhando por caminhos não permitidos por Deus. É preciso que os cristãos parem de imitar o mundo. Basta!
Estou falando tudo isso porque o evangelho quer nos ensinar a não corrermos atrás do vento, atrás do que o mundo nos oferece, tanto para a nossa saciedade pessoal como nas falsas esperanças. Jesus como o Evangelho de Lucas 12. 22-34, quer nos ensinar a esperar em Deus por todas as coisas. Jesus está nos convidando para não sermos ansiosos pelos bens materiais, nem pelo dia de amanhã, mas que a melhor coisa é viver cada dia na esperança e gratidão do amor de Deus.
Isto é, para pais e filhos. Jesus por meio das comparações feitas mostra aos seus discípulos que não tem como fazer duas coisas ao mesmo tempo, ou você se torna ansioso pelos bens materiais, ou você deixa Deus te cuidar e dar exatamente tudo para o seu necessário.
Jesus fala que a vida é o mais importante, isto é, a ALMA VIVENTE (alma que não morre nunca), essa deve ser tida em altíssima estima, pois o corpo morre, mas a alma permanece e aqui é decido a nossa eternidade.
Jesus diz, Lucas 12.25-26: “(25) Qual de vocês pode encompridar a sua vida, por mais que se preocupe com isso? (26)Portanto, se vocês não podem conseguir uma coisa assim tão pequena, por que se preocupam com as outras?”
Para exemplificar a fragilidade da vida e como ela é mantida e preservada por Deus ele usa o exemplo de flores no campo. As flores, tem tudo para serem pisoteadas, por animais, tudo para que o vento lhes estrague, elas têm tudo para morrerem sem água, sem nutrimento, mas Deus lhes concede exatamente o seu necessário, dando-lhes o necessário para que cumpram o seu ciclo, ele diz, Lucas 12.27: “Vejam como crescem as flores do campo: elas não trabalham, nem fazem roupas para si mesmas. Mas eu afirmo a vocês que nem mesmo Salomão, sendo tão rico, usava roupas tão bonitas como uma dessas flores.”
A ansiedade que tem te consumido pelo que vestir, ou como conseguir fazer isso ou aquilo, é a mesma que faz te afastar de Deus e das suas promessas. Infelizmente a ansiedade é algo que faz parte da nossa vida. Fez parte de Abraão, faz parte de cada um de nós, mas mesmo em tudo isso somos lembrados por Deus para nele buscar refúgio, e quem assim faz terá uma grande recompensa, Genesis 15.1: “Abrão, não tenha medo. Eu o protegerei de todo perigo e lhe darei uma grande recompensa.”
Abraão confiou em Deus e Deus cumpriu a promessa e por herança a Abraão sua descendencia por meio da fé hoje em dia é mais de 2,4 bilhões de pessoas, pois Abraão creu na ajuda de Deus e Deus o ajudou.
Queridos amigos: A fé em Jesus é a maior herança que podem deixar para os seus filhos. A fé em Jesus é o maior presente que podes deixar para os seus filhos, e eles só terão fé se vocês os trouxerem para os cultos, pois essa fé os fará a serem ansioso em conhecer, mais e mais, ao seu Salvador, pois em a Palavra de Deus diz que: “Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor.” (Hebreus 11.6).
Os nossos antepassados receberam a sua herança, a aceitação de Deus pela fé. Eles não viram, mas creram e isso foi suficiente, para que Deus os aceitasse. Hebreus 11.13: “Todos esses morreram cheios de fé. Não receberam as coisas que Deus tinha prometido, mas as viram de longe e ficaram contentes por causa delas. E declararam que eram estrangeiros e refugiados, de passagem por este mundo.”
É por isso que Jesus te convida a ensinar os seus filhos a não serem ansiosos por coisas deste mundo, mas pelas coisas do céu. Jesus diz em Lucas 12.29-31: Portanto, não fiquem aflitos, procurando sempre o que comer ou o que beber. 30 Pois os pagãos deste mundo é que estão sempre procurando todas essas coisas. O Pai de vocês sabe que vocês precisam de tudo isso. 31 Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus, e Deus lhes dará todas essas coisas.
Ensine os seus filhos a colocar a confiança em Deus e eles herdarão a vida eterna. Tu herdarás a vida eterna, pois cumpriste o que Deus ordenou em Provérbios 22.6: Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se desviará dele.
Que Deus ajude nesta função. Tão nobre que só vocês pais podem exercer com dignidade, pois aqui semeamos para Deus e Deus recolherá quando ele achar por bem os frutos da semeadura. Não pode uva dar figos e figos, pêssegos.
Que o Deus eterno nos guarde para a vida eterna. Amém!
CONFIANÇA NA PROMESSA DE DEUS

Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Macapá – Congregação
Cristo Para Todos; também atua como Missionário em Angola e Moçambique