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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Patrício Almeida > Engula Isso: A Pílula que Promete Derreter 16% do Peso Corporal e Declarar o Fim da Era das Agulhas
Patrício Almeida

Engula Isso: A Pílula que Promete Derreter 16% do Peso Corporal e Declarar o Fim da Era das Agulhas

Patrício Almeida
Ultima atualização: 9 de novembro de 2025 às 02:53
Por Patrício Almeida 6 horas atrás
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Epidemiologista e Professor Doutor em Engenharia Biomédica | Foto: Arquivo Pessoal
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Imagine a cena. É segunda-feira de manhã. O alarme tocou, você o adiou três vezes e agora está em uma corrida frenética contra o relógio. Café, torradas, procurar as chaves. No meio desse caos matinal, há um ritual semanal que paira sobre você como uma nuvem de tempestade: a injeção. Para milhões de pessoas em todo o mundo que lutam contra a obesidade, a chegada de medicamentos revolucionários como o Wegovy foi um divisor de águas, mas veio com uma pequena, porém afiada, condição: uma agulha. É um pequeno preço a pagar pela saúde, dizem eles. E é verdade. Mas e se esse preço pudesse ser… menor? E se a revolução pudesse ser engolida com um gole de água, entre uma mordida na torrada e a busca pelas chaves?
Bem, segurem seus copos d’água, porque a gigante farmacêutica Novo Nordisk acaba de chutar a porta do futuro do tratamento da obesidade. Eles pegaram a ciência potente por trás do seu aclamado Wegovy injetável e, como alquimistas modernos, a destilaram em uma forma que todos nós conhecemos e, sejamos honestos, preferimos: uma pílula. E não é uma versão ‘light’ ou um primo distante do original. Estamos falando de resultados que fazem o queixo cair, números que não apenas competem com a versão injetável, mas que se sentam à mesma mesa, pedem o mesmo prato principal e dividem a conta. Um novo estudo de referência, publicado na prestigiada revista The New England Journal of Medicine, revelou que a semaglutida oral de 25 mg – o nome técnico para o que podemos chamar de ‘Wegovy em uma pílula’ – resultou em uma perda de peso média de estonteantes 16,6% em participantes do estudo. Sim, você leu certo. Dezesseis vírgula seis por cento. Para uma pessoa de 120 quilos, isso é quase 20 quilos a menos na balança. É o equivalente a se livrar do peso de uma criança de cinco anos. Tudo isso, com a simplicidade de um comprimido diário. Esta não é apenas uma notícia; é um tremor de terra na paisagem do bem-estar e da medicina, uma promessa de que a batalha contra a obesidade pode, em breve, ser travada com menos medo e mais conveniência, abrindo as portas do tratamento para milhões que até agora hesitaram à beira da piscina por medo da água fria… ou, neste caso, da picada da agulha.
Por Dentro da Caixa-Preta: Desvendando o Estudo OASIS 4
Sempre que ouvimos números tão impressionantes, o cético em nós levanta uma sobrancelha. ‘Qual é a pegadinha?’, perguntamos. E com razão. É por isso que precisamos abrir o capô e olhar o motor que produziu esses resultados: o estudo clínico OASIS 4. Pense nos ensaios clínicos como as Olimpíadas da pesquisa médica. Existem várias fases, cada uma mais rigorosa que a anterior. A Fase 3, onde o OASIS 4 se encaixa, é a final dos 100 metros rasos, o jogo do Super Bowl. É aqui que um tratamento promissor tem que provar seu valor em um cenário que imita o mundo real o mais de perto possível, antes que possa sequer sonhar em chegar à prateleira da sua farmácia.
O OASIS 4 foi o que os cientistas chamam de um estudo ‘randomizado, duplo-cego, controlado por placebo’. Vamos traduzir esse jargão. ‘Randomizado’ significa que os 307 participantes adultos foram divididos em dois grupos por sorteio, como tirar palitos. Um grupo recebeu a pílula de semaglutida de 25 mg, o outro recebeu um placebo – uma pílula de açúcar que não faz nada. ‘Duplo-cego’ é a parte que parece saída de um filme de espionagem: nem os participantes nem os médicos que os administravam sabiam quem estava tomando o quê. Isso elimina o viés, o famoso ‘efeito placebo’ onde as pessoas se sentem melhor simplesmente porque acham que estão recebendo tratamento. ‘Controlado por placebo’ significa que os resultados do grupo do medicamento são comparados diretamente com os do grupo que não recebeu tratamento ativo. É a prova de fogo definitiva.
Os participantes eram um retrato do público-alvo: adultos com obesidade (definido por um Índice de Massa Corporal, ou IMC, de 30 ou mais) ou com sobrepeso (IMC de 27 ou mais) que também tinham pelo menos uma condição de saúde relacionada ao peso, como pressão alta ou colesterol elevado. Uma exclusão crucial: ninguém no estudo tinha diabetes. Isso foi feito para isolar o efeito do medicamento na perda de peso, sem a interferência de outra condição metabólica complexa.
A jornada durou 64 semanas – mais de um ano. Não foi uma corrida de curta distância, mas uma maratona. Começou com uma fase de ‘escalada de dose’ de 12 semanas, onde a dosagem do medicamento foi aumentada gradualmente. Pense nisso como aclimatar-se a uma grande altitude; o corpo precisa de tempo para se ajustar. Depois disso, seguiram-se 52 semanas – um ano inteiro – de tratamento contínuo, onde todos (medicamento e placebo) também receberam aconselhamento sobre estilo de vida, incluindo dieta e exercícios. Porque, sejamos claros, estes medicamentos não são uma licença para comer pizza todos os dias. São ferramentas poderosas projetadas para trabalhar com mudanças de estilo de vida, não para substituí-las. Finalmente, houve um período de acompanhamento de 7 semanas para ver o que acontecia quando o tratamento terminava. Todo o processo foi meticulosamente projetado para responder a uma pergunta simples, mas profunda: esta pílula funciona? E, se sim, quão bem?
Os Números Não Mentem: Uma Análise Profunda dos Resultados
Quando os pesquisadores finalmente ‘abriram o envelope’ e viram os resultados, o momento deve ter sido eletrizante. Os dados não eram apenas bons; eram espetaculares. O número principal, aquele que está estampando as manchetes, é a perda de peso média de 16,6% para aqueles no grupo de semaglutida que aderiram consistentemente ao tratamento. Em comparação, o grupo placebo, que recebeu o mesmo aconselhamento de estilo de vida, perdeu em média 2,7%. Essa diferença – quase 14 pontos percentuais – é a prova irrefutável do poder bioquímico da pílula.
Mas a história fica ainda mais interessante quando olhamos para os ‘super-respondedores’. No mundo da medicina, as médias contam uma parte da história, mas os extremos revelam o verdadeiro potencial. No estudo OASIS 4, um em cada três participantes (34,4%, para ser exato) que tomou a semaglutida oral perdeu 20% ou mais do seu peso corporal. Vinte por cento! Isso é transformador. É o tipo de perda de peso que pode reverter condições pré-diabéticas, aliviar drasticamente a pressão sobre as articulações e mudar fundamentalmente a relação de uma pessoa com seu corpo e com o mundo. No grupo placebo, menos de 3% alcançaram essa marca. A pílula não estava apenas funcionando; estava criando uma categoria inteiramente nova de sucesso para uma parcela significativa dos usuários.
Os cientistas também analisaram os dados de uma forma que reflete a bagunça da vida real, incluindo todos os participantes, independentemente de quão bem eles seguiram o tratamento (o que os pesquisadores chamam de análise de ‘intenção de tratar’). Mesmo com essa abordagem mais conservadora, os resultados foram impressionantes. O grupo da semaglutida ainda perdeu uma média de 13,6% do peso corporal, em comparação com 2,2% no grupo placebo. Quase 30% deles ainda atingiram o marco de perda de peso de 20%. Isso mostra que o medicamento é robusto, oferecendo benefícios substanciais mesmo quando a adesão não é perfeita.
Esses números são ainda mais notáveis quando colocados em contexto. Durante décadas, os medicamentos para perda de peso lutaram para quebrar a barreira dos 10%. Muitas terapias mais antigas mal conseguiam uma perda de peso de 5% acima do placebo. A chegada dos agonistas do GLP-1 injetáveis, como o Wegovy, mudou o jogo, elevando a fasquia para a faixa dos 15%. O fato de uma pílula oral conseguir replicar esse nível de eficácia é, francamente, um feito monumental da engenharia farmacêutica. É como encaixar o motor de um carro de Fórmula 1 no chassi de um carro de passeio – e fazer com que funcione perfeitamente.
Muito Além da Balança: Os Benefícios Ocultos
Perder peso é ótimo, mas a verdadeira vitória na gestão da obesidade não é apenas sobre o número na balança. É sobre melhorar a saúde geral e a qualidade de vida. E aqui, a pílula de semaglutida também entregou resultados promissores. O estudo confirmou que os participantes que tomaram o medicamento viram melhorias significativas em vários marcadores de risco cardiovascular. Pense nisso como um check-up interno para o seu coração e vasos sanguíneos. Coisas como níveis de colesterol, triglicerídeos e marcadores de inflamação, todos se moveram na direção certa.
Mas talvez o benefício mais tangível e humano seja a melhoria na função física diária. A obesidade impõe um fardo físico que muitas vezes é invisível para os outros. Tarefas simples podem se tornar hercúleas. Amarrar os sapatos, levantar-se de uma cadeira baixa, subir um lance de escadas, brincar com os filhos no chão. O estudo descobriu que os participantes que perderam peso com a semaglutida oral relataram melhorias notáveis em sua capacidade de realizar essas atividades cotidianas. Isso é liberdade. É a diferença entre observar a vida da margem e participar ativamente dela. É a capacidade de dizer ‘sim’ a uma caminhada no parque, a uma viagem que envolve andar muito, a uma vida com menos limitações físicas. Esse é um benefício que nenhuma balança pode medir, mas que ressoa profundamente no âmago da experiência humana.
O Elefante na Sala de Exames: Efeitos Colaterais e Segurança
Nenhum medicamento potente vem sem um manual de instruções e uma lista de possíveis efeitos colaterais. Seria irresponsável e ingênuo ignorar o outro lado da moeda. A semaglutida, tanto na forma injetável quanto na nova pílula, funciona imitando um hormônio intestinal chamado GLP-1. Esse hormônio faz muitas coisas, incluindo retardar o esvaziamento do estômago e enviar sinais de saciedade ao cérebro. É por isso que é tão eficaz para controlar o apetite. No entanto, mexer com o sistema gastrointestinal pode, compreensivelmente, causar algum… desconforto.
No estudo OASIS 4, os efeitos colaterais mais comuns foram, sem surpresa, de natureza gastrointestinal. Náuseas foram relatadas por 46,6% dos participantes que tomaram a pílula, em comparação com 18,6% no grupo placebo. Vômitos ocorreram em 30,9% do grupo do medicamento, contra 5,9% do placebo. Esses números podem parecer altos, mas há um contexto crucial: os pesquisadores descreveram esses eventos como ‘geralmente leves a moderados’ e ‘temporários’. Eles tendem a ser piores no início do tratamento, especialmente durante a fase de aumento da dose, e geralmente diminuem à medida que o corpo se acostuma com o medicamento. É como o enjoo que você sente nas primeiras vezes em um barco; para a maioria das pessoas, o corpo eventualmente encontra seu ‘equilíbrio marítimo’.
Um indicador ainda mais importante da tolerabilidade de um medicamento é quantas pessoas desistem de tomá-lo. Se os efeitos colaterais forem insuportáveis, as pessoas simplesmente pararão. No estudo, a taxa de descontinuação devido a eventos adversos foi de 6,9% no grupo da semaglutida. Isso é apenas um ponto percentual a mais do que os 5,9% que desistiram no grupo placebo. Isso sugere que, para a esmagadora maioria dos participantes, os efeitos colaterais foram administráveis e superados pelos benefícios. Além disso, eventos adversos graves foram, na verdade, menos frequentes no grupo do medicamento (3,9%) do que no grupo placebo (8,8%), um sinal tranquilizador da segurança geral do tratamento.
A semaglutida não é um novato no cenário farmacêutico. Sua molécula já foi usada por milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente para o tratamento do diabetes tipo 2 e, mais recentemente, da obesidade. A Novo Nordisk afirma que há mais de 37 milhões de ‘pacientes-ano’ de uso, o que significa que os dados de segurança são robustos e bem estabelecidos. A versão injetável do Wegovy carrega um ‘aviso em caixa preta’ – o alerta mais sério da FDA – sobre um risco potencial de tumores da tireoide, incluindo um tipo raro de câncer chamado carcinoma medular da tireoide (MTC), observado em estudos com roedores. Por causa disso, não é recomendado para pessoas com histórico pessoal ou familiar de MTC. Presume-se que a versão oral carregará um aviso semelhante. A mensagem é clara: embora o perfil de segurança seja forte, este é um medicamento sério que requer supervisão médica e uma discussão honesta sobre riscos e benefícios.
A Revolução Oral: Por Que uma Pílula Muda Absolutamente Tudo
À primeira vista, a mudança de uma injeção para uma pílula pode parecer uma mera questão de conveniência. Mas é muito mais profundo do que isso. É uma mudança de paradigma que tem o potencial de democratizar o acesso ao tratamento da obesidade em uma escala sem precedentes. Vamos começar com o fator psicológico. Existe um fenômeno real e documentado chamado ‘tripanofobia’, ou medo de agulhas. Para algumas pessoas, é uma ansiedade leve; para outras, é um pavor paralisante. Mesmo para aqueles que não têm uma fobia clínica, a ideia de se auto-injetar regularmente é uma barreira significativa.
Uma pílula, por outro lado, é a forma mais familiar de medicamento que existe. Tomamos pílulas para dores de cabeça, para alergias, para vitaminas. É um ato discreto, simples e psicologicamente neutro. Essa mudança de formato remove uma enorme barreira de entrada. Como observou Martin Holst Lange, vice-presidente executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Novo Nordisk, ‘atualmente, menos de 2% dos indivíduos com obesidade nos EUA recebem medicação para obesidade’. Uma das razões para esse número chocantemente baixo é a hesitação em iniciar um tratamento injetável. Uma pílula eficaz poderia convencer milhões de pessoas que estavam ‘na cerca’ a finalmente procurar ajuda.
Sean Wharton, o principal autor do estudo e diretor médico da Wharton Medical Clinic, ecoou esse sentimento. ‘As pessoas com sobrepeso ou obesidade têm preferências individuais’, disse ele. ‘Com a semaglutida oral como uma nova opção de tratamento potencial, mais daqueles que não estão em tratamento hoje podem considerar iniciar o tratamento com GLP-1.’ Isso não é apenas sobre preferência; é sobre capacitação. É dar aos pacientes mais controle e mais opções no gerenciamento de sua própria saúde.
A Novo Nordisk está tão confiante no potencial da sua pílula que já está agindo. A empresa submeteu um Pedido de Novo Medicamento (NDA) à FDA dos EUA em fevereiro, com uma decisão esperada até o final de 2025. E eles não estão esperando a luz verde para começar a trabalhar. A produção da pílula já está em andamento nas instalações da empresa nos Estados Unidos. Eles estão se preparando para uma demanda que esperam ser massiva, com o objetivo de evitar os problemas de escassez que atormentaram o lançamento inicial dos medicamentos injetáveis.
O Grande Quadro: Repensando a Luta Contra a Obesidade
Por tempo demais, a obesidade foi enquadrada como uma falha moral, um resultado da falta de força de vontade, preguiça ou gula. Essa visão simplista e prejudicial ignorou décadas de ciência que nos mostram uma realidade muito mais complexa. A obesidade é uma doença crônica, progressiva e multifatorial. É influenciada por uma teia intrincada de fatores genéticos, biológicos, ambientais e sociais. Nossos corpos são programados pela evolução para armazenar energia e resistir à perda de peso – um mecanismo de sobrevivência brilhante na era das cavernas, mas um desafio significativo em um mundo de abundância de calorias e estilos de vida sedentários.
A chegada de tratamentos como a semaglutida oral ajuda a solidificar essa mudança de entendimento. Esses medicamentos não são ‘trapaças’ ou o ‘caminho mais fácil’. São intervenções médicas baseadas na ciência que visam corrigir desregulações biológicas subjacentes. Eles funcionam nos mesmos caminhos hormonais que o corpo usa para regular o apetite, a saciedade e o armazenamento de energia. Ao fazê-lo, eles ajudam a redefinir o ‘ponto de ajuste’ do corpo, tornando a perda de peso sustentável uma meta alcançável para pessoas cujos corpos, por razões biológicas, lutam ferozmente contra isso.
O advento de uma pílula oral eficaz tem o potencial de transformar as conversas nos consultórios médicos. Pode capacitar os médicos a oferecer uma opção de tratamento poderosa e de baixa barreira, e pode encorajar os pacientes a verem sua luta contra o peso não como uma falha pessoal, mas como uma condição médica tratável, assim como a pressão alta ou o diabetes.
O Próximo Capítulo: O Que Esperar
Com os resultados do estudo OASIS 4 agora públicos e a submissão regulatória nas mãos da FDA, o palco está montado para o próximo ato neste drama médico. Se aprovada, a semaglutida oral de 25 mg se tornará a primeira terapia oral GLP-1 aprovada para o gerenciamento de peso a longo prazo, criando uma categoria de tratamento inteiramente nova. A promessa é imensa: uma ferramenta que combina a eficácia de mudança de vida dos medicamentos mais recentes com a simplicidade e aceitação de uma pílula diária.
Claro, não é uma panaceia. Os efeitos colaterais são reais e precisam ser gerenciados. O custo será, sem dúvida, um fator significativo. E a necessidade de mudanças contínuas no estilo de vida permanece fundamental. Mas o que esta pílula representa é mais do que apenas uma nova formulação. Ela representa escolha. Representa acesso. Representa um passo monumental para tirar o tratamento

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Patrício Almeida 9 de novembro de 2025 9 de novembro de 2025
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