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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > Patrício Almeida > “Quando o Fast Food Fala ‘Come Mais’: A Verdade Científica (e Um Pouco Atrapalhada) Por Trás do Apetite dos Jovens”
Patrício Almeida

“Quando o Fast Food Fala ‘Come Mais’: A Verdade Científica (e Um Pouco Atrapalhada) Por Trás do Apetite dos Jovens”

Patrício Almeida
Ultima atualização: 14 de dezembro de 2025 às 01:52
Por Patrício Almeida 15 horas atrás
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Epidemiologista e Professor Doutor em Engenharia Biomédica | Foto: Arquivo Pessoal
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Imagine que você está diante de um buffet daqueles generosos, com panquecas, ovos, torradas, sucos, frutas, cereais, waffles e até panetone (porque nunca se sabe a hora certa de uma boa ideia natalina). Agora imagine que você acabou de passar duas semanas comendo apenas comidas ultraprocessadas — refrigerantes, snacks industrializados, iogurtes aromatizados, nuggets, barras de cereal com mais aditivos do que ingredientes “de verdade”. Fez sentido? Também fez para um grupo de pesquisadores da Virginia Tech, nos Estados Unidos, que decidiu testar como esse tipo de dieta impacta o comportamento alimentar de jovens adultos.
O resultado? Um surpreendente convite implícito ao “coma mais mesmo sem fome” — especialmente para quem está entre os 18 e 21 anos. E não, não é imaginação: é ciência rigorosa.
O Papo Inicial: Por Que Isso Importa?
Antes de mergulhar no experimento em si, é importante contextualizar por que esse tipo de estudo é relevante. Nos últimos anos, a taxa de excesso de peso entre adolescentes e jovens tem subido em ritmo preocupante — tanto nos Estados Unidos quanto em várias partes do mundo. Uma projeção publicada na The Lancet sugere que, até 2050, um em cada três jovens entre 15 e 24 anos nos EUA pode ser considerado obeso, com todos os riscos associados a esse quadro de saúde.
Isso é crítico porque, especialmente durante a adolescência tardia e o início da vida adulta, hábitos alimentares tendem a se consolidar. Se nessa fase o corpo e o cérebro estão mais “treinados” a responder de certa maneira aos alimentos ultraprocessados, isso pode ter efeitos duradouros — e nada benéficos.
O Estudo: Como Tudo Foi Medido (Não Era Só “Olha o Buffet”)
Para testar os efeitos dos ultraprocessados, os pesquisadores recrutaram 27 jovens adultos entre 18 e 25 anos — todos com peso estável há pelo menos seis meses.
O plano foi simples, mas engenhoso:
• Cada participante passou duas semanas seguindo uma dieta rica em ultraprocessados (cerca de 81% das calorias totais vinha desse tipo de alimento).
• Depois de um período de intervalo para “resetar” — voltando à alimentação normal por quatro semanas — cada voluntário mudou para duas semanas de dieta sem nenhum ultraprocessado.
• Importante: as duas dietas foram cuidadosamente balanceadas em nutrientes — isto é, tinham quantidades equivalentes de açúcar, energia, gorduras, fibras e micronutrientes.
O objetivo não era ver quem ganhava mais peso (não era um reality show nutricional), mas sim observar como cada tipo de dieta afetava o apetite e a disposição de comer quando confrontados com comida à vontade.
O Grande Desafio: O Buffet (Verdadeiro Teste de Vontade)
Após cada período de duas semanas nas dietas controladas, os participantes foram chamados para um “teste prático”: um buffet de café da manhã, com mais de 1800 calorias disponíveis — aproximadamente quatro vezes a quantidade de um café da manhã típico americano.
Eles chegaram em jejum, receberam uma bandeja com tudo que podiam imaginar e foram instruídos simplesmente a comer o quanto quisessem em 30 minutos.
Mas como isso poderia revelar a influência dos ultraprocessados? Simples: depois do café da manhã, eles ainda recebiam uma bandeja de snacks e petiscos — e aí era permitido comer mesmo sem fome, se quisessem.
O Resultado Que Deu o Que Falar
Quando os pesquisadores olharam para os dados de todos os participantes juntos, não encontraram uma mudança significativa no total de calorias consumidas no buffet entre as duas dietas.
Mas aí entrou a lente fina: quando separaram os participantes por faixa etária, apareceu um padrão curioso:
• Jovens de 18 a 21 anos comeram significativamente mais calorias depois de duas semanas na dieta ultraprocessada.
• Já os participantes de 22 a 25 anos não mostraram essa tendência.
E aqui está a parte que mais chamou a atenção: os mais jovens continuaram comendo mesmo depois de afirmarem que não estavam com fome — indicando um comportamento de “comer por impulso” que pode ser um preditor de ganho de peso futuro.
Mas Por Que Isso Aconteceu? O Que os Cientistas Pensam
O estudo foi desenhado para isolar o efeito dos ultraprocessados, de modo que outros fatores como densidade energética ou macronutrientes não enviesassem os resultados.
Isso revelaria se, além das calorias em si, o processamento dos alimentos influencia a maneira como o corpo e o cérebro respondem ao alimento — especialmente em uma fase da vida em que hábitos se cristalizam.
Uma hipótese é que os ultraprocessados podem afetar os sistemas de recompensa do cérebro de forma diferente em adolescentes e adultos jovens, tornando-os mais propensos a consumir em excesso — mesmo quando não estão com fome.
Outra possibilidade é que os ultraprocessados podem alterar sensações hormonais de saciedade e fome de maneira mais sutil do que conseguimos detectar facilmente, levando a um consumo maior por hábito ou resposta condicionada.
Uma Reflexão Importante: Adolescência Não é “Adultez Pequena”
Os resultados sugerem que o final da adolescência e início da vida adulta podem ser um período de vulnerabilidade especial em relação à influência de alimentos altamente processados.
Isso é relevante por duas razões principais:

  1. Independência alimentar: nessa fase, muitos jovens começam a cuidar sozinhos das próprias refeições — passam a cozinhar menos e a depender mais de opções rápidas e industrializadas.
  2. Consolidação de hábitos: padrões alimentares estabelecidos nessa idade tendem a se perpetuar ao longo da vida.
    Se alimentos ultraprocessados “treinam” o cérebro a comer além do necessário, isso pode criar um círculo vicioso de ingestão exagerada que acompanha a pessoa durante décadas.
    O Que São “Alimentos Ultraprocessados”, Afinal?
    Uma parte importante do estudo foi classificar os alimentos segundo o sistema NOVA, criado por especialistas em nutrição para categorizar os alimentos conforme o nível de processamento — não apenas pelos nutrientes que eles contêm.
    Segundo o sistema NOVA:
    • Alimentos minimamente processados: frutas frescas, legumes, grãos inteiros.
    • Ingredientes culinários processados: óleo, açúcar, manteiga.
    • Alimentos processados: pães artesanais, queijos simples, legumes em conserva.
    • Ultraprocessados: refrigerantes, salgadinhos de pacote, refeições prontas congeladas, doces industrializados.
    Ou seja, a diferença entre um alimento “de verdade” e um ultraprocessado não está apenas no valor nutricional, mas principalmente no quanto ele foi transformado industrialmente e quantos aditivos ele contém.
    Então… Os Ultraprocessados São os Vilões da História?
    Os pesquisadores foram cuidadosos ao interpretar os dados e não afirmaram que os ultraprocessados são os únicos culpados pela obesidade ou por hábitos alimentares problemáticos.
    Alguns pontos importantes:
    • O estudo foi curto (apenas duas semanas) — então não podemos afirmar que o efeito observado se manteria indefinidamente.
    • Ele foi feito em um ambiente controlado, que não reflete exatamente como as pessoas comem no dia a dia.
    • O número de participantes foi modesto, o que significa que resultados mais robustos podem surgir com estudos maiores.
    Ainda assim, o achado de que os participantes mais jovens responderam de maneira diferente aos ultraprocessados é significativo e merece atenção — especialmente para políticas de saúde pública e educação alimentar.
    E Agora? O Que os Cientistas Querem Explorar a Seguir
    Os autores do estudo deixaram claro que este é apenas um ponto de partida. Eles sugerem várias direções promissoras para pesquisas futuras:
    • Estudos mais longos, que simulem melhor a vida real.
    • Incluir idades ainda mais jovens, como adolescentes no ensino médio.
    • Monitorar continuamente a ingestão de alimentos em ambientes cotidianos.
    • Analisar sinais biológicos no cérebro e hormônios que podem explicar por que alguns grupos são mais suscetíveis.
    Tudo isso pode ajudar a esclarecer se comportamentos alimentares desencadeados por ultraprocessados são temporários, adaptativos ou persistentes, e como eles podem ser mitigados ou prevenidos.
    Conclusão: Comer Por Prazer? Ou Porque o Corpo Diz “Continue”?
    Esse estudo da Virginia Tech não veio apenas para repetir a ideia de que “ultraprocessados não são saudáveis”. Ele aponta para um mecanismo comportamental real, especialmente em jovens adultos, onde esses alimentos parecem promover ingestão mesmo na ausência de fome.
    Se isso for verdade, as implicações vão além de questões nutricionais individuais: tocam políticas de saúde pública, educação alimentar nas escolas e até a forma como produtos ultraprocessados são comercializados para adolescentes e jovens.
    No fim, talvez o maior aprendizado dessa pesquisa seja simples — e um pouco perturbador: nos corredores infinitos de um buffet alimentar, os pratos menos óbvios podem ser os que mais nos influenciam a comer quando não estamos realmente com fome.

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Patrício Almeida 14 de dezembro de 2025 14 de dezembro de 2025
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Por Patrício Almeida
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