Porém, a compreensão do cérebro como vemos hoje remonta ao final do século XIX e começo do século XX. E a compreensão do sistema nervoso central, neurônios em outros órgãos como estômago, intestino, coração é mais recente ainda, faz parte dos estudos contemporâneos, aqui e agora, pelo mundo afora, no século XXI.
Estamos na era do cérebro e as descobertas que se seguirão no nosso tempo irão criar um marco na história desse pequeno órgão de mais ou menos 1,2 kg a 1,5kg e que guarda mais segredos que a inteligência artificial, a IA, possa registrar, uma vez que nenhuma máquina humana consegue suplantar e superar os recursos, capacidades e alcance de registros de passado, presente e futuro como o cérebro humano.
Essa talvez seja, a supremacia do bicho homem sobre as demais espécies desse Planeta: a consciência de si mesmo, sua capacidade cognitiva, racional e emocional e seu inconsciente humano – divino, onde, estudiosos, cientistas e demais profissionais de áreas afins se debruçam para entender nossa capacidade cerebral.
Todavia, em uma única célula tem mais informações do que nesse pequeno órgão! Como assim? Um gameta feminino e um gameta masculino contém informações de um organismo inteiro. E esse mistério da reprodução não cabe nesse artigo, mas hoje já se sabe do quanto a mente humana é capaz, e a cada ano que passa a neurociência avança em descobertas, capacidades e envolvimento do quanto poder o ente humano possui em si mesmo.
Se usássemos mais e melhor esse órgão tão mistificado no passado e tão estudado nos dias atuais, quem sabe as vãs disputas territorialista, guerras por domínio e poder cedesse lugar a uma sociedade cooperativa como a das formigas ou das abelhas, por exemplo.
Desde o surgimento da espécie homo sapiens sapiens, seus avanços tecnológicos sempre foram destruídos pela sede de poder e dominação de um grupo hegemônico sobre outro menos armado e aparelhado ou desenvolvido em técnicas atrativas, de inovação e que fomentassem as massas.
As primeiras tecnologias humanas, desde o domínio do fogo e as primeiras eras de ferramentas de ferro, bronze e pedras preciosas, o cérebro humano foi adquirindo e armazenando informações que são repassadas de geração para geração até nossos dias. Podemos falar hoje em três cérebros: o reptiliano, o cerebelo e o néo córtex.
Hoje, inúmeros cientistas e profissionais da saúde se debruçam sobre a plasticidade desse pequeno órgão mas tão poderoso no comando dos demais sistemas que nos compõe o aparelho chamado corpo. Dra. Anete Guimaraes trata em muito de seu espetacular trabalho médico e docente sobre a plasticidade do cérebro humano. Dr. Augusto Jorge Cury cuida e ensina em cursos, livros e palestras a imensa capacidade da mente humana e os perigos da geração sem inteligência emocional.
“Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?” Jesus Cristo, lá na Antiguidade no Oriente Médio já ensinava sobre a importância do ser sobre o ter, do agir após pensar, do progredir no desenvolvimento humano em relação ao seu semelhante e à natureza que nos permite a existência.
Que humanidade estamos programando há milênios, num cérebro programado e reprogramado para dominar e destruir? A humanidade avança e retroage devido o mau uso dessa ferramenta que tem por excelência ser a guardiã da memória, dos recursos e da aprendizagem.
O senso comum em um dito popular já ensina há muito tempo que “quando a cabeça não pensa o corpo padece”. Que saibamos aproveitar o século do cérebro, das neurociências, das evoluções rápidas e velozes para progredirmos no ser antes do ter, na imitação do Cristo Cósmico que desde o século I da Era cristã, ensinava a fraternidade universal e a cura através dos poderes internos e divinos.
Quem sabe a história do cérebro possa habitar em museus no futuro intergaláctico, com conquistas e construção de paz e não de guerras; de curas e não de mortes, de vida e de vida em abundância, novamente plagiando o Mestre Jesus: “vós sois deuses”.