Os tais donos do planeta pretendem manipular o nosso ‘planetinha’ a seu ‘bel prazer’ buscando enormes lucros pondo em risco toda a humanidade. Preciso esclarecer, mais uma vez, que meus artigos se abeberam na mesma fonte que o organismo da ONU – a ciência – não são negacionistas e sim trazem à luz opiniões que divergem integralmente da campanha terrorista climática.
Shin Suzuki, da BBC News Brasil em São Paulo, publicou em 10/04/2022 o artigo “Geoengenharia solar: por que cientistas se mobilizam contra ideia apoiada por Bill Gates para conter aquecimento global”, que transcrevo alguns trechos:
“Conceito de geoengenharia solar consiste em criar um ‘espelho’ na atmosfera para refletir raios solares de volta para o espaço. Críticos dizem que consequências da aplicação da técnica podem ser graves. Em um futuro não muito distante, a Terra enfrenta trágicas consequências de um experimento criado para deter a mudança climática: despejar substâncias químicas no céu para formar uma barreira contra os raios solares que aquecem o planeta. A tentativa fracassa. O mundo então adentra uma realidade pós-apocalíptica.
Esse é o enredo de Expresso do Amanhã, uma produção de 2013 dirigida pelo sul-coreano Bong Joon-Ho, o cineasta consagrado por Parasita. Nem tudo acima é ficção científica. A ideia colocada no filme como uma possível estratégia contra o aquecimento global realmente existe: é o princípio da geoengenharia solar. Há um centro de pesquisa na prestigiada Universidade Harvard, nos EUA, dedicado a estudar o conceito. O bilionário Bill Gates é um de seus grandes entusiastas, doando milhões para pesquisas.
Na última segunda-feira (4/4), o braço das Nações Unidas voltado para a mudança climática divulgou um novo relatório, que traz um ultimato: é agora ou nunca para mudar uma perspectiva de secas severas, calor extremo, enchentes devastadoras e extinção em massa de espécies. Se objetivos traçados não forem alcançados e as mudanças tiverem resultados apenas modestos, a temperatura média no mundo vai subir numa faixa entre 2,1°C e 3,5°C.
Alguns especialistas alertam que a geoengenharia solar pode ganhar força como solução nesse momento de desespero, mesmo com a possibilidade de gerar efeitos colaterais irreversíveis na parte ambiental e perigosos na política – a técnica poderia ser usada como uma imprevisível arma de guerra. Outros afirmam que não se pode abrir mão de pesquisar saídas diante da urgência da mudança climática – linha de raciocínio adotada por Bill Gates ao falar de geoengenharia.
Em janeiro deste ano, mais de 60 cientistas de vários países lançaram uma iniciativa para que seja simplesmente proibido o desenvolvimento da técnica, que só foi estudada em simulações de computador e necessita de testes de campo. O abaixo-assinado diz que, além de potenciais resultados desastrosos, a geoengenharia solar não resolve completamente o problema do aquecimento global – um ponto admitido por partidários do conceito.
O princípio da técnica mais debatida hoje, no entanto, se inspira em grandes erupções vulcânicas e se chama injeção de aerossol na estratosfera. Em 1991, o monte Pinatubo, nas Filipinas, promoveu a segunda maior irrupção de um vulcão no século 20. Deixou mais de 800 mortos e 10 mil desabrigados, além de um rastro de destruição. Um fenômeno natural também foi constatado: as lavas e cinzas expelidas pelo Pinatubo fizeram com que toneladas de dióxido de enxofre na estratosfera atuassem como uma espécie de espelho para os raios solares.
‘Quando você tem muitas e muitas toneladas de fuligem e partículas sólidas lá na alta atmosfera, a radiação solar encontra esses aerossóis ao penetrar na atmosfera e ela é refletida de volta para o espaço. A radiação solar não consegue passar e atingir a superfície da Terra, que teria a temperatura elevada’, diz Tércio Ambrizzi, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).
Os cientistas notaram que os efeitos da atividade vulcânica do Pinatubo em 1991 levaram a uma queda de 0,5°C na temperatura global nos anos seguintes – uma taxa considerada significativa. ‘A ideia da geoengenharia solar é injetar aerossóis na estratosfera de forma a inibir esse influxo de energia solar. E com isso você estaria induzindo um resfriamento’, afirma Ambrizzi.
‘A gente sabe que a razão do desaparecimento dos dinossauros foi a queda de um meteorito. Junto, há a teoria de que o impacto provocou uma série de explosões vulcânicas pelo planeta gerando uma camada de aerossol que impediu a entrada da radiação solar e baixou a temperatura global’. Para tentar reproduzir o fenômeno, a ideia é construir aeronaves especiais para atingir a estratosfera (numa faixa a cerca de 20-30 km de altitude) e despejar compostos químicos, como sulfatos e variações.
Mas Stephen M. Gardiner, da Universidade do Estado de Washington, que estuda questões éticas em problemas ambientais e o impacto sobre as gerações futuras, diz que é consenso ‘entre cientistas responsáveis’ que o conceito é ainda altamente especulativo.
Ambrizzi, da USP, diz que ‘você não tem o controle de onde vão os aerossóis injetados na atmosfera. Porque na alta atmosfera há fluxos de ventos, há uma circulação intensa na estratosfera. Sem esse controle, você pode desestabilizar regiões que estão equilibradas”.
Creio que não preciso transcrever o artigo na integra, estes tópicos são bastante esclarecedores para que o leitor possa refletir sobre a gravidade do que estão propondo. Com certeza Bill Gates tem ideia dos riscos que o nosso planeta e a humanidade estão correndo. Ao que parece os custos seriam nossos e os benefícios dele.
Como disse antes a geoengenharia solar é um dos nichos de mercado criado pelo braço das Nações Unidas voltado para as mudanças climáticas.
Como pobres mortais só nos resta aguardar e torcer para que a implementação da geoengenharia solar não cause o desaparecimento da espécie humana como ocorreu com dinossauros. O mais trágico é que todas as ações de ‘mitigação’ estão sendo desenvolvidas sem ouvir os habitantes do planeta por quem não representa nenhum de nós. Será que teremos de nos despedir da ‘fotossíntese’?