No momento que sonhamos com um novo ano de melhor compreensão da nossa Amazônia nos deparamos com uma matéria do UOL, em 14/12/2022, reproduzindo, o tabloide da internet não poderia perder a chance de continuar a nos desmerecer, entrevista do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedida aos jornalistas Ricardo Brito e Anthony Boadle, da Reuters, em 07/12/2022, sob a manchete “Brasil corre risco de perder soberania da Amazônia para crime organizado, diz Barroso”, que transcrevo alguns trechos:
“O Brasil corre o risco de perder a soberania da Amazônia para o crime organizado, e é preciso contribuição e empenho do mundo e das autoridades brasileiras para combater crimes ambientais e encontrar formas de sustento para os habitantes da região, afirmou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso em entrevista exclusiva à Reuters. Barroso defendeu que é preciso pensar um modelo de bioeconomia sustentável para a floresta amazônica, envolvendo as ‘melhores cabeças do mundo’, com a adoção de formas de sobrevivência para os 25 milhões de habitantes da região que não impactem negativamente o bioma. Sem isso, não será possível conter a progressiva degradação da região, afirmou. O ministro do Supremo afirmou que, além disso, autoridades brasileiras terão de ter grande empenho em enfrentar crimes ambientais como exploração e comércio ilegal de madeira, mineração e desmatamento ilegais, grilagem de terras, assassinatos de defensores da floresta, tráfico de drogas e contrabando.
‘Há um risco real de se perder a soberania da Amazônia não para qualquer outro país, mas sim para o crime organizado’, disse Barroso, que participou no mês passado da cúpula global do clima COP27, no Egito, e relatou casos importantes sobre meio ambiente no Supremo. ‘Evidentemente, nós queremos ideias do mundo, mas não abrimos mão de nenhum milímetro de soberania’, acrescentou.
Barroso destacou que neste ano o Supremo tomou decisões importantes em relação à Amazônia e à mudança climática, incluindo a determinação para que o governo retome ações para reativar o uso de recursos do Fundo Amazônia e do Fundo Clima, este último do qual foi relator. Segundo o ministro do STF, o julgamento sobre o Fundo Clima está sendo celebrado como a primeira decisão que tratou o Acordo de Paris sobre o clima como um tratado de direitos humanos, dando a ele um status especial e acima da legislação ordinária dos países.
‘No mundo todo, diante muitas vezes da inércia ou do negacionismo de autoridades públicas, vem crescendo o papel do Judiciário na proteção ambiental e no enfrentamento da mudança climática’, disse. ‘A preservação da Amazônia é fundamental para o mundo. Eu defendo que o mundo contribua para a preservação da Amazônia’, ressaltou.”
Senhor Ministro a sua entrevista é uma ‘pérola’ contra todos os amazônidas decentes que ajudam a manter a soberania brasileira sobre a Amazônia. A última coisa que precisávamos era de um Ministro do STF engrossando a fileira das ONGs internacionais e colaboracionista/entreguistas brasileiros bem remunerados, que ganham viagens pelo mundo para denegrir a imagem do Brasil e da Amazônia no exterior. A criminalidade na Amazônia cresceu sim, na mesma proporção que no resto do país.
Enquanto o Ministro Barroso faz tal pronunciamento desairoso sobre a nossa região, as ONGs, os colaboracionistas e os países estrangeiros que alimentamos permitindo que explorem as nossas riquezas e que, como agradecimento, pronunciam discursos em nosso desfavor. Ficamos aguardando o novo ano com esperança renovada em um futuro melhor. Fiquem certos, podem continuar a falar mal de nós e saquear as nossas riquezas, todavia jamais conseguirão furtar as nossas esperanças e o nosso amor por essa região na qual produzimos e que nos alimenta dando espaço para criarmos os nossos filhos como legítimos cidadãos brasileiros. Aqui na Amazônia esperamos dias melhores no ano que se inicia. Não queremos continuar como Estragon, Vladimir e os passantes Pozzo e Lucky na peça de Samuel Beckett, dramaturgo e escritor irlandês, “En attendant Godot”, recentemente citada pelo bom amigo Giuseppe, esperando um Godot que nunca vem.
Fica aqui o nosso desejo de feliz ano novo a todo o mundo Cristão, mesmo para aqueles que não nos amam. Este é um puro sentimento Cristão nosso que seguimos à risca – ‘amai ao próximo com a si mesmos’. Faço nossa a frase do saudoso poeta mato-grossense Manoel de Barros, (1916-2014) – “A minha independência tem algemas”. Que o Brasil e todos os brasileiros se livrem das algemas e tenham um feliz e maravilhoso ano de 2023, são os nossos votos amazônicos.