A abordagem apressada levanta questões sobre o equilíbrio entre metas ambientais e confiabilidade energética.
Como sempre trago o que acontece no mundo em relação ao ambientalismo exacerbado e a grande crise energética fabricada pela ONU e por líderes do dito mundo ocidental que se empolgaram com as políticas ambientais da tal entidade, que deveria ser traduzida como ‘Organização das Nações Unidas’ e que não tem alcançado o seu objetivo de união. Neste novo século as nações estão cada vez mais desunidas. Caso o leitor não acredite na desunião das nações basta dar uma breve olhada do que vem acontecendo no mundo – guerras entre países e internas “pipocando” ao redor do nosso sofrido e cruel “planetinha”.
Voltemos ao assunto ao assunto deste artigo. O site Real Clear Energy publicou, em 11 de setembro de 2024, a matéria “Os apagões estão chegando! Os apagões estão chegando!”, assinada por David Holt, presidente da Consumer Energy Alliance, a principal voz em prol de políticas ambientais e energéticas sensatas para os consumidores. Que transcrevo trechos para melhor esclarecimento do leitor.
“As evidências são claras e os especialistas que gerenciam nossas redes elétricas são quase unânimes: aposentadorias prematuras da geração de eletricidade ‘permanente’ e distribuível 24 horas por dia, 7 dias por semana significam que apagões mais
frequentes e graves estão no horizonte. A North American Electric Reliability Corporation (NERC), o cão de guarda da rede, repetidamente soou o alarme sobre o declínio da confiabilidade da nossa rede elétrica. Enquanto sua avaliação mais recente alertou que várias grandes áreas dos EUA e Canadá enfrentaram um risco elevado de apagões durante as condições climáticas de pico neste verão, escapamos por pouco de interrupções prolongadas. Isso é mais resultado de sorte do que habilidade.
O banco de dados de interrupções da rede do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) mostra que as quedas de energia mais que dobraram de 2016 a 2022, com 2022 estabelecendo um recorde de 390 quedas, apesar de menos eventos climáticos do que nos anos anteriores. À medida que enfrentamos demandas crescentes de energia e uma infraestrutura envelhecida, é crucial que comecemos a planejar agora para um futuro em que a energia confiável não pode mais ser considerada garantida. Embora a intenção de reduzir as emissões de gases de efeito estufa seja louvável, a abordagem apressada levanta questões sobre o equilíbrio entre metas ambientais e confiabilidade energética. Os legisladores estão aprovando políticas sem planos razoáveis para executá-las.
Especificamente, esses estados favorecem ou estão aprovando restrições e proibições draconianas sobre combustíveis tradicionais. Isso cria atrasos imprudentes e/ou proibições de oleodutos e linhas de transmissão vitais. Outras políticas favoritas incluem aprovar leis exigindo a eletrificação de aparelhos em residências (o que contribuiu para o aumento dos custos de construção de casas) ou prescrever quantos veículos elétricos devem ser vendidos – mesmo que um número suficiente de pessoas não queira comprá-los. Obviamente, a necessidade existe claramente para melhorar a problemática rede elétrica do país. A demanda por energia continua a crescer, desencadeada em grande parte pelas enormes quantidades de eletricidade necessárias para veículos elétricos, inteligência artificial e criptomoedas, bem como uma economia em melhora.
O que é enervante é que a administração e os políticos locais e estaduais esquecem as realidades do mundo real e as implicações de custo de tentar proibir o petróleo e o gás natural agora e dependem do vento e da energia solar. Por um lado, mesmo que adicionemos mais vento e energia solar à nossa matriz energética, nosso país não dependerá somente de fontes de energia renováveis por décadas. A Administração Federal de Informações sobre Energia projeta que a geração renovável fornecerá apenas 44% da nossa eletricidade até 2050, à medida que a demanda mundial por energia aumenta 50%.
Além disso, observe a realidade do mundo real para acessibilidade e confiabilidade. Os preços da energia subiram mais de 30% desde 2021. O custo da eletricidade aumentou em sua taxa mais rápida em uma geração. Não é de se admirar que os preços ao consumidor tenham produzido a maior inflação desde a década de 1980, com taxas de juros e contas de supermercado mais altas. Não é de se admirar que uma em cada seis famílias esteja atrasada em suas contas de energia. Para piorar, essa realidade afeta desproporcionalmente comunidades de baixa renda e historicamente marginalizadas, compostas predominantemente por pessoas de cor. Os próprios dados do Departamento de Energia mostram que o gás natural é 3,3 vezes mais barato que a eletricidade. E, para os consumidores, quando os preços do óleo diesel e da eletricidade sobem, o custo de todos os bens (por exemplo, leite, ovos, açúcar, pão, roupas, etc.) também aumenta porque custa mais para fazer e entregar esses produtos.
Estamos fazendo um progresso ambiental inegável, com os EUA entregando as maiores reduções de emissões do mundo em duas décadas. Mas, como americanos, precisamos entender que nosso futuro depende de líderes políticos que apoiam ativamente políticas ponderadas, inteligentes e sensatas que promovam um futuro de energia abundante, acessível e confiável — não irrealistas e impossíveis de serem alcançadas. Abundante porque nossa economia e nossas vidas dependem de ter a energia essencial para resfriar e aquecer nossas casas, para alimentar os negócios que impulsionam nossa economia. Mandar formas de energia politicamente preferidas que ainda não podem, se é que alguma vez, substituir o gás natural abundante, o petróleo e a energia nuclear trará escassez de energia, apagões de eletricidade e preços mais altos em casa e na bomba
Acessível porque as contas de serviços públicos constituem 13,5% das 10 contas domésticas mais comuns dos americanos. Isso se traduz em US$ 350 por mês para a família média dos EUA. Isso pode ser tanto ou mais do que as contas mensais de seguro de vida, saúde e automóvel ou de telefone e internet. E confiáveis porque precisamos contar com a energia necessária para manter nossas famílias seguras e nossos negócios funcionando quando ocorrem condições climáticas severas ou uma crise global inesperada. Devemos aceitar fatos e realidades sobre energia, não ficção e projeções excessivamente otimistas. Caso contrário, esteja pronto para um futuro de apagões.”
Meu caro leitor estes fatos você não encontrará na grande mídia nacional que se tornou ‘braço direito’ e divulgadora das plataformas ambientais, apoiando regulações que impactam na produção agropecuária nacional, descurando completamente do ‘impacto regulatório’, não sei se a grande mídia age de boa-fé ou os seus representantes usam ‘antolhos’.
“Não há ideais, mas somente fatos, nem verdades, mas somente fatos, não há razão nem honestidade, nem equidade etc, mas somente fatos’. Palavras não mudam a realidade dos fatos”. Moniz Bandeira, historiador e pesquisador.