O governo brasileiro repudiou com veemência o lançamento de centenas de foguetes desde a Faixa de Gaza contra o território israelense, ocorridos no último final de semana, e que deixou vários mortos e feridos de ambos os lados.
Segundo nota oficial do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), “nada justifica o lançamento indiscriminado de foguetes que têm como alvo a população civil. O Brasil expressa condolências às famílias das vítimas e formula votos de plena recuperação dos feridos”.
O governo brasileiro conclama ainda pelo fim imediato de todos os ataques contra Israel e manifesta seu apoio aos esforços em andamento para reduzir a tensão em Gaza.
Nações Unidas
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também expressou “profunda preocupação” com os mais recentes desenvolvimentos na Faixa de Gaza e o “risco de mais uma escalada perigosa e novas perdas de vida na véspera do mês sagrado do Ramadã para os muçulmanos”.
Em nota publicada pelo seu porta-voz, Guterres “condena nos termos mais fortes o lançamento de foguetes de Gaza para Israel, particularmente os direcionados a centros populacionais de civis.” O chefe da ONU pede a “todas as partes que exerçam máxima contenção, terminem com a escalada imediatamente e retornem aos entendimentos dos últimos meses.”
Também o coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, disse estar “profundamente preocupado com mais uma escalada perigosa em Gaza e com a trágica perda de vidas.” Ele afirmou que as Nações Unidas estão “trabalhando com o Egito e todos os lados para acalmar a situação.”
Mladenov diz que esta situação “desfaz rapidamente o que foi alcançado e destrói as oportunidades de soluções de longo prazo para a crise. Este ciclo interminável de violência deve terminar, e os esforços devem acelerar para conseguir uma solução política para a crise em Gaza.”
O coordenador da ONU disse ainda que “a atual violência coloca em risco o progresso significativo feito nas últimas semanas para aliviar o sofrimento das pessoas em Gaza, suspender o bloqueio e apoiar a reconciliação intra-palestina.”