São Paulo — O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, publicou um vídeo nas redes sociais nesta quinta-feira (8/5) para rebater informações que têm sido divulgadas por políticos de oposição ao governo Lula sobre o escândalo dos descontos indevidos contra aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Nessa semana, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) postou um vídeo, que já teve mais de 100 milhões de visualizações, no qual descreve as fraudes do INSS como o “maior escândalo da história do país”, defende a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), e diz que o esquema também envolve crédito consignado e atingiu a cifra de R$ 90 bilhões apenas em 2023.
Sem citar o parlamentar do PL, o chefe da CGU disse nesta quinta que “é sempre hora de corrigir o que está errado, com verdade, com justiça e com respeito a quem mais precisa”. Segundo ele, a investigação da Polícia Federal (PF) e da CGU envolve R$ 6,3 bilhões que foram descontados da folha de pagamento de aposentados por associações, entre 2019 e 2024.
Carvalho também afirma que as “associações de fachada surgiram em 2017” e que “as fraudes se aprofundaram a partir de 2019”, primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele destacou que é o governo Lula que está combatendo as fraudes.
“Não é hora de espalhar medo ou mentira. É grave, muito grave, usar a mentira ou truques de contexto para enganar o povo, para politizar um tema tão relevante para o país, que é o combate à corrupção”, diz o ministro da CGU no vídeo (assista abaixo).
Em seguida, Vinícius Carvalho afirma que o valor de R$ 90 bilhões se refere ao total de consignados feitos no país em 2023. “Isso não tem nada a ver com as investigações. E os R$ 6 bilhões, o que são? Esse é o valor descontado de aposentados por entidades associativas. O governo também está investigando em quantos desses casos o desconto associativo foi feito de forma irregular.”
Estratégia usada no Pix
Em seu vídeo, Nikolas também pede apoio para a abertura da CPI das Fraudes no INSS por meio de pressão popular nas redes sobre os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
A estratégia usada pelo deputado é semelhante a utilizada por ele em vídeo publicado em janeiro deste ano, quando se manifestou sobre a fiscalização do Pix e alcançou mais de 200 milhões de visualizações.
A estética adotada pelo parlamentar é parecida, na qual ele aparece com roupa preta em um fundo escuro, com trilha sonora de suspense e discurso direto voltado ao público geral, sempre usando linguagem simples.
Fonte: Metrópoles
