O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou ao Metrópoles que o Brasil tem passado por um período de extremos climáticos e que a situação dos incêndios não deve ser normalizada até meados de outubro.
“Como estou te dizendo, é previsão, é uma situação extrema. A La Niña já era para estar operando no sistema, já era para a gente estar numa outra situação. Essa semana a frente fria deve durar até quarta feira, mas já está entrando uma nova onda de calor, então a gente tá bastante assustado com isso, inclusive porque uma nova onda de calor está se formando com muita força e deve ser sentida no Brasil inteiro a partir de quarta-feira”, indicou o presidente do Ibama.
O fenômeno climático La Niña, responsável pelo resfriamento das águas do Oceano Pacifico, estava previsto para começar no segundo semestre deste ano, em meados de julho e agosto.
Conter focos de calor
Rodrigo Agostinho informou que a sala de situação do Ibama tem discutido estratégias para conter a quantidade de focos de calor. “Mas de fato, a gente tem uma crise climática super pesada, a maior seca da Amazônia e a maior seca do Pantanal da história. E isso agrava muito a situação. Além do problema, obviamente que as pessoas não param de colocar fogo e juntar duas coisas.”
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo de perigo potencial de baixa umidade na região central do país. O alerta atinge os estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
“A previsão meteorológica é de pelo menos mais dois meses [de incêndios]. Setembro, outubro”, indicou o presidente do Ibama.
Com informações do Metrópoles