- Minha filha não quer viver, Doutor.
A mãe limpa o rosto do choro incontido.
Olho para sua filha.
“Tão jovem, meu Deus. Como pode querer morrer?” - O que você sente, Camila?
Ela responde, olhando para o chão: - Nada…
A voz quase nem sai.
“Pudera. Depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente, gera tristeza, falta de esperança. É essencial identificar sintomas e procurar ajuda médica.”
Olho para a mãe: - Que bom que a senhora trouxe a Camila. Depressão é muito difícil para o ser humano, estamos falando de sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como distúrbios do sono e do apetite.
Ela passa a mão no cabelo da filha, visivelmente sujo e não penteado, mas a mãe é amorosa.
“Graças a Deus!” - Como começou, dona Fátima?
Ela respira fundo, como quem se prepara para falar: - Talvez eu tenha demorado para perceber, achava que era só tristeza.
Assinto e comento: - A depressão é uma tristeza patológica, diferente daquela provocada por acontecimentos específicos, como a perda de uma pessoa ou de um emprego.
A mãe se mexe na cadeira: - É, só que ela começou a perder peso, não comia mais, nem saia da cama, parecia um estado de letargia.
Olho para a jovem, que não reage a nada durante a fala da mãe.
Suspiro: - Num quadro de depressão, a tristeza não dá trégua, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor fica deprimido praticamente o tempo todo. Todo o interesse por atividades que antes davam satisfação desaparecem, a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que melhore.
A mãe conta: - Eu li sobre isso na internet e descobri que é uma das doenças que mais atingem as pessoas no mundo todo. Eu não sabia, Doutor…, ainda mais em pessoa tão jovem, bonita…
- A depressão não tem idade, dona Fátima, infelizmente. Podem ser por fatores genéticos, que causam uma disfunção bioquímica no cérebro ou ainda gatilhos que levam a eventos traumáticos da infância, estresse físico e psicológico, doenças sistêmicas, como hipotireoidismo, consumo de drogas ou álcool e até certos tipos de medicamentos como as anfetaminas.
Penso com meu botões sobre todos os sintomas dessa doença.
Além da tristeza há anedonia, perda ou ganho de peso, insônia ou sono excessivo, agitação ou apatia, quase todos os dias, fadiga e perda de energia constante, culpa excessiva, sentimento de inutilidade, dificuldade de concentração, ideias suicidas, baixa autoestima, alteração da libido.
“É como seguir para a morte!” - O que podemos fazer, Doutor?
“Esta á e parte que gosto!”
Encho o peito e solto, com prazer de falar: - Dona Fátima, se fosse com a medicina tradicional, sua filha seria tratada com antidepressivos, mas com o tratamento de Células-tronco, ela vai ter um tratamento efetivo, sem efeitos colaterais e que vão eliminar essa doença de uma vez por todas.
Ela se aproxima da mesa: - Sério, Tércio? Isso é possível?
- Sim, a senhora e a Camila podem decidir se ela vai continuar tomando o antidepressivo que ela já toma ou outro, se ela vai continuar tomando e por quanto tempo. Eu sugiro que ela vá parando gradativamente daqui a três meses.
- Como funciona o tratamento?
- Aplicação endovenosa, indolor e que vai trazer resultados imediatos como a melhora do sono e do apetite, que estão tão afetados no quadro dela.
A mãe junta as mãos no peito: - Graças a Deus.
- Só com a melhora do sono, que é igual de um bebê, o cérebro dela já muda, o humor e a disposição começam a mudar. E se ela começar a se exercitar, o que é muito provável, devido a essa mudança, melhor ainda.
- Parece mágica, Doutor.
Sorrio: - E é! Eu chamo as Células-tronco de Partículas Divinas, porque é o que elas são! Elas regeneram, restauram, renovam, rejuvenescem, trazem os pacientes de volta a vida, mas não uma vida qualquer, uma vida abundante, feliz, próspera e cheia de energia, saúde e vontade de viver!
Dona Fátima olha para Camila e chora: - Você vai ficar curada, filha, você ouviu?
A jovem levanta a cabeça e me olha: - É verdade tudo isso?
Assinto e nos encaramos por alguns segundos.
Ela se levanta: - Vamos, então!
Seguimos para a aplicação da Camila neste dia e seis meses depois, ela se tornou outra pessoa.
Termino de ver seu vídeo no meu celular: - Camila, Camila, uma nova vida!
Hoje, ela tem um canal no Youtube, onde fala sobre depressão, os processos que passou e especialmente da cura que atingiu.
Ela é um dos melhores casos que eu tive, pois quando a vi pela primeira vez, parecia uma jovem saída das ruas: magra, abatida, com olheiras, malvestida e descabelada.
Hoje é um sucesso! Feliz, linda, profissional de internet e que ajuda outros milhares de jovens com informação, com a sua experiência de vida!
Suspiro e agradeço a Deus: - Células-tronco é vida!
Doutor Tércio Rocha, especialista em Medicina Regenerativa
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