A GLOBO não gostava do pobre até precisar dele para não perder mais audiência para as igrejas neopentecostais e redes sociais, pois a classe média, antes cativa, debandou-se dela. Pobre só aparecia na dramaturgia como empregada doméstica, balconista, manicure, mecânico, pedreiro e taxista. Aí veio a pernóstica e demagógica onda progressista mundial, oriunda do Primeiro Mundo, concebida por acadêmicos, celebridades e intelectuais, exibindo patética e desconcertante MEA CULPA pelos males perpetrados por seus países, e “cansados de tanta injustiça” para com os “excluídos e minorias” mundo afora, colocou-os como protagonistas, para lhes fazer igualdade e justiça social e portanto, resgate de sua dignidade, através de sua extensa e, por vezes, ambígua agenda social. Vendeu isso para o Brasil, acostumado a comprar mercadoria de segunda.
Acompanhando essa tendência mundial, a Globo, então, criou uma ampla programação voltada a esse público dessassistido e abandonado pelo Estado. Assim surgiram o “ESQUENTA”, cujo modelo era sobre assuntos das comunidades, eufemismo de favelas, a novela “PARAISÓPOLIS”, a maior favela de São Paulo, “A FORÇA DO QUERER”, com a nefasta protagonista Bibi Perigosa, MR. BRAU, o casal pobre, preto e favelado que deu certo na vida e etc, tudo para mostrar que o pobre, também, “é gente como a gente” e até melhor que o branco, desde que lhe sejam dadas oportunidades, a começar acabando com a meritocracia, obstáculo para o pobre. E quem lhe daria? A Globo encabeçando essa virada na sociedade brasileira, coincidindo com a ascensão da esquerda no poder. Outrora chamada de GLOBOLIXO e GLOBOXTA por ela, tornou-se sua aliada.
Destarte, se o Brasil não melhora, de fato, alimentando o ego de nossa “burguesia socialista, dita “consciente”, eleitora de Lula, autointitulada humanista e humanitária, imaginando praticar o bem sendo paternalista e condescendente, relativizando os erros e defeitos das minorias e excluídos para não mais ofendê-los, a GLOBO passou um verniz de beleza e romantização da pobreza para dar a impressão ao mundo de que o Brasil está melhor, confiante e mais esperançoso em tempos de Lula, ainda que até agora esteja aguardando pela “picanha com cervejinha” ao som do FUNK (literalmente, o chorume das favelas) ao som de Anitta, a lídima representante intelectual das quebradas.
A GLOBO, O POBRE E O PROGRESSISTA
Deixe um comentário