Amar as artes, é amar um leque de manifestações nascidas da inteligência, da sensibilidade, da percepção sensorial e extrassensorial, é mergulhar no aqui e agora fazendo transbordar a seiva do porvir iluminada pela chama dos caminhos de outrora.
Sim, concordo com a brasileiríssima Fernanda Torres. Brilhante artista e mulher condecorada com o Globo de Ouro nas terras geladas do Norte.
“A ARTE PODE PERDURAR PELA VIDA”.
Como não concordar?
A vida é uma obra de arte em permanente tecitura e cada um de nós em seu tear lança fios com os quais a humanidade cria tapetes voadores sobrevoando os liames e nódulos criados por medos, ódios e negações que se repetem e perduram em muralhas de angústias e torturas. Uma loucura.
Ainda Estou Aqui, não é apenas um filme, embora seja um filme de extraordinária arte cênica – artesanato delicado de imagens, falas, movimentos e goles límpidos de História com as cores da emoção e da racionalidade recuperadas em cada cena.
Ainda estou aqui é uma afirmação que nos leva a refletir. Quem está?
É uma pessoa? É a Esperança? É o sorriso de Eunice e o idealismo de Rubens Paiva?
É a bondade de alguns ou a maldade de outros?
É a conexão transcendente que traz para o presente o cenário que não deve ser esquecido. Deve ser reconhecido, compreendido, para que não precise ser repetido.