CÉREBRO VIVE DE MOVIMENTO

Não sou médica e minha formação acadêmica é voltada para a educação formal e emocional. Contudo, como todo bom professor ou comunicador, precisamos ser eternos estudantes, buscar novas “matérias” para nossas pautas, usar a criatividade para driblar necessidades, adaptar-nos às realidades e atender aos mais diferentes cérebros à nossa frente: nossos queridos alunos.
E, como boa pesquisadora que sou, fui buscar respaldo no trabalho do Dr. Miguel Nicolelis — médico e neurocientista brasileiro, com atuação reconhecida tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, além de ter contribuído com pesquisas em diversos países do Ocidente ao Oriente. Dr. Nicolelis afirma que o cérebro tende a atrofiar em pessoas que sofrem traumas motores — nas pernas, por exemplo — e que o movimento, o exercício, a locomotricidade fazem bem ao nosso principal “músculo” vital: o cérebro.
Embora pequeno e mole, o cérebro consome cerca de 20% da nossa energia. E, para minha alegria — diante do alarmante avanço do uso indevido da Inteligência Artificial — há um movimento crescente de preocupação, especialmente nos EUA e no Brasil, quanto à prática do home school. Muitas famílias, assustadas com o ritmo da sociedade moderna, estão optando por não enviar seus filhos à escola, preferindo educá-los em casa.
Isso, a meu ver — e também segundo esse renomado pesquisador — é preocupante. Levamos séculos para desenvolver uma sociedade solidária, comunicativa e participativa. É claro que existem exceções, algumas até lamentáveis, mas a criança necessita da escola: para socializar, educar os sentidos, movimentar-se e integrar-se às regras sociais. Tudo isso fica bastante reduzido e limitado quando restrito ao ambiente familiar ou a determinados nichos religiosos.
A ciência já comprovou que o cérebro vai crescer e se desenvolver até mais ou menos os 25 anos do indivíduo em desenvolvimento, isso significa que “é preciso uma tribo inteira para educar uma criança”, como elucida muito bem esse provérbio africano.
Dr. Nicolelis afirma que o cérebro é um gerador contínuo de hipóteses, um projetor de futuro, e que nenhuma Inteligência Artificial conseguirá atingir o nível de plasticidade que o cérebro humano é capaz de desenvolver. Sobre o futuro ele, Nicolelis dá como exemplo a performance do maior jogador de futebol de todos os tempos: Pelé e sua capacidade cerebral de “ver” o gol antes dele existir no presente.
Todavia, para isso acontecer, esse órgão fantástico e maravilhoso necessita de boa alimentação e estímulos positivos, dentro de uma perspectiva de saúde mental e corporal e, como ensina o provérbio popular africano que citei acima, toda a sociedade é responsável pelo desenvolvimento de todos e de cada pessoa; somos seres gregários, sociais e socializantes e, caso essas oportunidades de crescimento positivo, saudável, cognitivo, não seja oferecida a contento, o ser humano não se humaniza ou corre um risco enorme de não desenvolver valores morais, educacionais, espirituais, que são legados do grupo social, do tecido social no qual o indivíduo está ou deveria estar inserido.
E por falar em desenvolvimento, o Dr. Nicolelis continua produzindo livros, estudos e pesquisas — inclusive atualmente — e está se dedicando a mapear o cérebro de superatletas, de pessoas mutiladas ou com mobilidade reduzida devido a acidentes, e também de cérebros medianos, como o meu, o seu, e o dele. Um dos livros que esse grande mestre produziu e um que eu super recomendo é um romance dele de ficção científica intitulado “Nada Mais Será como Antes”. Um livro que está no topo de venda nas plataformas digitais e tem por base ficção científica e alta tecnologia, a meu ver, esse doutor tem como propósito de vida ajudar a humanidade através da alta medicina, da alta tecnologia voltada ao desenvolvimento humano para todos.
Para esse grande mestre, “vivemos num mundo criado pelo cérebro”. Aqui, com muito respeito, ouso discordar desse pesquisador que tanto admiro. Acredito que o cérebro é, sim, uma criação — mas não nossa. É obra de Deus, do EU SOU, do Incriado que tudo criou, tudo fez e nos formou “um pouco menor que os anjos”, como está escrito, na maior biblioteca e também a mais lida em todo Planeta Terra chamada Bíblia; habitantes dos universos siderais talvez a leiam também, mas, disso não temos pesquisas que comprovem; no entanto acredito que há vida inteligente por todos os universos intergalácticos criados pelo Eterno Criador, que é uma Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas.