“EIS TEU REI: HUMILDE, MONTADO NUM JUMENTINHO”

Graça, misericórdia e paz vos sejam multiplicadas da parte de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
Jerusalém está em alvoroço por causa da semana pascal! Era a Semana Santa, onde a cidade se enchia de peregrinos, das diferentes regiões, judeus de diferentes lugares estavam em Jerusalém para celebrar a Páscoa dos judeus. As ruas, praças nesta época se enchiam de romeiros de todas as partes do mundo. A multidão em movimento, e provável que alguns também já estavam ansiosos para saber quem era Jesus de Nazaré, que tinha habilidade na pregação e era irrefutável perante os mestres da lei sem, no entanto, cometer pecados.
A multidão ansiava pela entrada de Jesus em Jerusalém. A multidão parece fazer um caminho diferente do que era habitual, em vez de ir em direção para o templo, estavam indo em direção ao monte das Oliveiras que ficava fora da cidade, lá encontram-se com o Senhor Jesus. Assim registra Lucas 19.37, ele escreve que: “(37) Quando Jesus chegou perto de Jerusalém, na descida do monte das Oliveiras, uma grande multidão de seguidores ia com ele. E eles, cheios de alegria, começaram a louvar a Deus em voz alta por tudo o que tinham visto.”
É um grande anúncio de que a Salvação não está no Templo de Jerusalém, como alguns achavam, mas em Cristo o Messias o que de fato é um fato. Uma multidão que se encontra com outra multidão, os discípulos e seguidores de Jesus. Que juntos cantam Hosanas, isto é, “Salva-nos, nós te imploramos” … Ou ainda: “Salva-nos agora, ó Tu que habitas nas maiores alturas”. Como o próprio Lucas escreve em Lucas 19.38: “Eles diziam: — Que Deus abençoe o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória a Deus!” Agora o canto angelical a respeito de Jesus quando eles anunciaram o nascimento do Salvador aos pastore a mais de 30 anos atrás, novamente ecoa na terra prometida. Os anjos cantavam nas campinas de Belém: “Eles cantavam hinos de louvor a Deus, dizendo: (14) — Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem! (Lucas 2.13-14)”
O clamor dos romeiros é uma confissão pública de quem é o Messias e sua função. É como o cumprimento da Salvação que excede todo e qualquer entendimento humano. É graça divina visível. É a Salvação da qual todo pecador cheio de angústias e tristezas precisa. Jesus é o poderoso Deus, mas humilde em suas atitudes, pois resolveu ser Servo e servir ao pecador. Que por sua vez fala-nos dos atos poderosos de Deus. Esta entrada de Jesus em Jerusalém é aquilo que também é disto pelo Salmista Asafe, que lembra que Deus ao ser invocado irá nos salvar e dar a sua graça imerecida a cada um de nós pecadores. Asafe escreveu assim no Salmo 51.15: “(15) Se me chamarem no dia da aflição, eu os livrarei, e vocês me louvarão.” Que por sua vez refletem as misericórdias de Deus lembradas por Moisés em Deuteronômio 32.36: “(36) O Senhor Deus terá pena do seu povo quando vir que eles estão fracos. Ele salvará aqueles que o servem, pois todos eles foram derrotados.” A derrota do povo é exatamente achar que pode se virar sem a presença de Deus. Mas com a presença de Deus na nossa fraqueza somos amparados e sustentados.
Zacarias 9.9, já havia profetizado: “(9) Alegre-se muito, povo de Sião! Moradores de Jerusalém, cantem de alegria, pois o seu rei está chegando. Ele vem triunfante e vitorioso; mas é humilde, e está montado num jumento, num jumentinho, filho de jumenta.” O rei que vem para Jerusalém montado num jumentinho é diferente. Em todas as coisas, Jesus é diferente das outras autoridades. Vejamos: As pessoas humildes têm acesso a ele, ele se preocupa com todos e, atende a todos. Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos Senhores. Seu reino ultrapassa os limites, de um país, mas enche o mundo inteiro, até mesmo os astros celestes se curvam perante ele. O seu Reino abrange céus e terra. Paulo a respeito de Jesus escreveu aos Filipenses dizendo em sua carta aos Filipenses 2.9: “(9) Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes.
A glória do Senhor Deus se revela em humildade, Ele aceita o louvor de pessoas símplices, que normalmente entre os enfados e fardos humanos não teriam sequer oportunidade de uma audiência com um rei terreno. Um rei terreno normalmente se mantém no poder pelo medo e potência de seus atos terrenos. Mas, o Rei Jesus, extrapola os conceitos humanos de governança para mostrar que no seu Reino a bondade de Deus habita entre pecadores e não rejeita ninguém. Tanto é que a entrada de Jesus em Jerusalém, é vista pelos fariseus, como algo vergonhoso e dizem a Jesus, conforme Lucas 19.39-40: “(39) Aí alguns fariseus que estavam no meio da multidão disseram a Jesus: — Mestre, mande que os seus seguidores calem a boca! (40) Jesus respondeu: — Eu afirmo a vocês que, se eles se calarem, as pedras gritarão!”
Mas o clamor do povo, embora cheio de alegria, é também um clamor de expectativa. Eles esperavam um Messias que libertasse Israel de Roma. Jesus, porém, vinha libertar o mundo do pecado. O caminho da cruz ainda os confundia.
Não tem mais volta! O que está acontecendo com a chegada de Jesus à Jerusalém, é um anúncio claro que Deus prometeu um Salvador e agora será visível a todas as pessoas da face da terra. É a personificação daquilo que fora anunciado a respeito de Cristo, que ele morreria na Cruz.
Deus sabe que nós não podemos ter vida nem mesmo paz sem a presença de Jesus em nossa vida. O nosso pecado, além de nos tornar rebeldes, ainda nos leva a condenação eterna. É urgente que cada pessoa saiba que Jesus Cristo é a Salvação é o remédio definitivo para a maldição do pecado que tem mantido a humanidade aprisionada nas suas misérias espirituais.
Com o pecado a humanidade, só conhece a destruição, mas em Cristo a restauração. Resta a única e sincera opção real: Crer que Jesus morreu em nosso lugar. Ao sabermos que a Salvação é de graça, até parece impossível que alguém não seja salvo. Pois, vejamos: Com o pecado tudo é mais caro, tudo tem um preço alto. Por exemplo: o Adultério normalmente tem um preço alto para mantê-lo. Já, uma vida casta e decente em palavras de ações é livre e não tem custo. Por exemplo no casamento o ser humano vive livre e sem culpa, pois está em conformidade com o mandamento de Deus. Outro exemplo: A pornografia é paga. É um dos comércios que mais dá dinheiro, mas ninguém fala que muitas famílias são destruídas, e alguns morrem espiritualmente por conta disso. Por sua vez, quem se orienta na Palavra de Deus está livre deste grave pecado e ainda tem a promessa que terá uma agradável e saudável família, onde esposa e filhos são uma verdadeira benção. Outro exemplo: A corrupção que é paga, ninguém que é corrupto tem liberdade, e todo corrupto, está preso a outrem, está sempre com o medo a sua porta, nunca tem paz, mas quem age com justiça e dá a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus, também em fidelidade e paz será posto em honra para administrar grandes coisas. Outro exemplo: A desonra, a mentira têm um preço altíssimo no mundo, os prazeres mundanos, são pagos, a justiça dos homens é paga e é caríssima. Todos eles só trazem vergonha e miséria, mas aquele que se abriga na sombra protetora do Altíssimo e faz Dele o seu Deus terá misericórdia renovada diariamente e saberá reconhecer essa misericórdia. Outro exemplo: O alto preço da vida da luxúria, a glutonaria é paga, e custa muito caro faça as contas e veja o quanto é elevado viver numa vida de casca, vida de aparências, temos um modelo clássico entre os famosos, que vivem por aparências e extravagâncias que não coincidem com a vida de humildade conforme o Apóstolo Paulo recomenda. Ao cristão de Filipenses 2.5-6: “(4) Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros. (5) Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: (6) Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus.
Por sua vez, aquele que espera no Senhor nunca ficará desanimado, mas será abençoado. Como diz Paulo ao registrar em 2 Coríntios 12.8-10, quando em angústias ele orou e teve como resposta: “(8) Três vezes orei ao Senhor, pedindo que ele me tirasse esse sofrimento. (9) Mas ele me respondeu: “A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco.” Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo. (10) Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim.”
Contudo, a vida dos servos de Deus não está marcada pelas suas posses e capacidades, mas na sua dependência em Deus e naquilo que Deus tem reservado para os seus filhos. Se por um lado, o mundo que está cheio de pecados e em sua maioria nos cobra em grande parte para pecarmos e é um preço alto, além de valores, a nossa eternidade está em jogo. É preciso, acordar deste miserável sono para, então viver, na misericórdia de Deus que vem ao nosso encontro e nos dá liberdade plena. Diz o Salmista: “(8) É melhor confiar no Senhor, do que depender de seres humanos. (9) É melhor confiar no Senhor do que depender de pessoas importantes. (Salmo 118.8-9)”
O Domingo de Ramos, nos mostra que o Reino da graça de Jesus, que nos é oferecido por Ele, trás paz e ânimo para louvarmos ao Senhor Deus. Mas, que por sua vez contagia ao pecador a viver uma vida plena. Em louvores e hosanas, como nos diz o Salmo 118. 23-29: “(23) Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa! (24) Este é o dia da vitória de Deus, o Senhor; que seja para nós um dia de felicidade e alegria! (25) Salva-nos, ó Senhor, salva-nos! Dá-nos prosperidade, ó Deus! (26) Que Deus abençoe aquele que vem em nome de Deus, o Senhor! Daqui do Templo do Senhor, nós abençoamos todos vocês. (27) O Senhor é Deus; ele é a nossa luz. Com ramos nas mãos, comecem a festa e andem em volta do altar. (28) Tu és o meu Deus — eu te louvarei; tu és o meu Deus — eu anunciarei a tua grandeza. (29) Deem graças a Deus, o Senhor, porque ele é bom e porque o seu amor dura para sempre.”
A entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado como Rei, pelas pessoas simples, é sinal de que o Seu Reino veio para se tornar visível e que o Rei dos reis habita na terra e céus. Hoje, ele é visível por meio do Evangelho pregado, dos Sacramentos do Batismo e Santa Ceia corretamente ministrados na Igreja. Também pela vida séria de cada cristão, onde nós estamos ali, o Reino da graça é anunciado, sua mensagem é prescrita como a única fonte de Salvação do pecador. Pois, nem mesmo um coração de pedra, pode resistir a ação do Espírito Santo que trabalha e intercede em nosso favor para sermos salvos pelo REI JESUS: HUMILDE, MONTADO NUM JUMENTINHO
Oremos:
Senhor Jesus, Rei humilde e fiel, entra em nossas vidas com tua paz. Ensina-nos a seguir teu exemplo de humildade, confiança e obediência. Que possamos reconhecê-lo não apenas como Salvador, mas como nosso Senhor. Hosana nas alturas! Amém!