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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > João de Barros > INTOXICAÇÃO POR METANOL
João de Barros

INTOXICAÇÃO POR METANOL

João de barros
Ultima atualização: 4 de outubro de 2025 às 11:50
Por João de barros 5 horas atrás
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A intoxicação por metanol é uma das formas mais graves de envenenamento relacionadas ao consumo de álcool adulterado. Embora seja um problema conhecido há mais de um século, continua atual e representa uma ameaça real em diversas partes do mundo. O metanol, ou álcool metílico, é uma substância química transparente e volátil, com cheiro pouco característico, que pode facilmente ser confundida com o etanol, o álcool presente em bebidas como cerveja, vinho e destilados. É amplamente utilizado em indústrias químicas, na fabricação de plásticos, tintas, solventes e até como combustível. O risco está justamente no fato de que, por ser barato e disponível, o metanol é por vezes adicionado ilegalmente a bebidas alcoólicas para aumentar o volume e o teor, sem que o consumidor perceba a diferença.


A toxicidade do metanol foi descrita já no século XIX, quando trabalhadores de indústrias químicas começaram a apresentar sintomas neurológicos e visuais graves após exposição. Desde então, vários surtos fatais foram documentados, mas a situação ainda persiste em pleno século XXI. Isso se deve não apenas à clandestinidade da produção de bebidas, mas também às condições socioeconômicas que levam muitas pessoas a consumirem produtos mais baratos e de origem duvidosa.


O que torna o metanol tão perigoso é a forma como o organismo o processa. Diferentemente do etanol, que o fígado consegue metabolizar de maneira relativamente segura, o metanol, ao ser ingerido, é transformado em formaldeído e em seguida em ácido fórmico. O ácido fórmico é altamente tóxico e provoca uma queda brusca no pH do sangue, conhecida como acidose metabólica, atacando diretamente as células nervosas, especialmente do nervo óptico. O resultado dessa combinação é devastador. Em poucas horas ou dias, o paciente pode desenvolver cegueira irreversível, falência de múltiplos órgãos e, em muitos casos, a morte. Estima-se que a ingestão de apenas 10 ml possa levar a alterações visuais graves, enquanto 30 ml podem ser fatais em adultos saudáveis
Os sintomas iniciais enganam facilmente. Logo após a ingestão, a pessoa pode sentir apenas mal-estar inespecífico, dor de cabeça, tontura, náusea ou uma sensação semelhante a uma ressaca. Isso retarda a busca por ajuda médica e dificulta o diagnóstico precoce. Mas entre 12 e 24 horas depois, o quadro muda drasticamente. A visão fica borrada, aparecem manchas escuras, a respiração se torna difícil, a dor abdominal aumenta e podem surgir confusão mental e sonolência profunda. Em surtos registrados em diferentes países, muitas vítimas só chegaram aos hospitais quando já estavam com danos neurológicos irreversíveis. Estudos mostram que até um terço dos sobreviventes permanece com algum grau de cegueira permanente
Os surtos de intoxicação por metanol são uma realidade que se repete. Em 2001, na Estônia, mais de 100 pessoas morreram após consumir bebidas clandestinas contaminadas. Em 2012, a República Tcheca enfrentou um episódio de grandes proporções, com 38 mortes e dezenas de internações, que levou o governo a proibir temporariamente a venda de bebidas fortes. Em 2019, no México, quase 90 pessoas faleceram em diferentes estados após ingerirem álcool adulterado em festas locais. No Brasil, surtos menores foram registrados em Minas Gerais e Pernambuco, geralmente ligados à produção artesanal de cachaça.

A Organização Mundial da Saúde estima que milhares de pessoas morram todos os anos em decorrência da ingestão de metanol presente em bebidas falsificadas, principalmente em países com menor fiscalização
O tratamento é um dos maiores desafios. Nem sempre os hospitais contam com a tecnologia necessária para detectar o metanol no sangue. O diagnóstico costuma ser clínico, baseado no histórico de ingestão de bebida suspeita e nos sintomas de acidose metabólica e alterações visuais. Por isso, a rapidez no início da terapia é fundamental. O antídoto de escolha é o fomepizol, que bloqueia a enzima responsável por metabolizar o metanol, impedindo a formação dos compostos tóxicos. Quando não disponível, o etanol pode ser utilizado, já que compete pela mesma via metabólica e reduz a conversão para ácido fórmico. Em situações graves, em que há risco de morte iminente, a diálise é indicada para remover o metanol e corrigir a acidez sanguínea. Além disso, a administração de ácido fólico auxilia a neutralizar o ácido fórmico. O tempo, nesse contexto, é um fator decisivo, pois a cada hora de atraso aumenta o risco de sequelas e mortalidade.


Além das medidas clínicas, há uma dimensão social e econômica que precisa ser ressaltada. A maior parte dos surtos ocorre em comunidades vulneráveis, em que a população busca bebidas de baixo custo sem certificação. O preço acessível e a falta de informação pesam mais do que a segurança. Quando ocorre um surto, não são apenas as vítimas diretas que sofrem. Famílias inteiras enfrentam perdas irreparáveis, e os sistemas de saúde ficam sobrecarregados com internações longas, custos de diálise e reabilitação de pacientes com deficiência visual permanente. Em alguns países, os surtos chegam a ter impacto econômico local, afetando a confiança em produtores de bebidas artesanais e reduzindo o turismo em regiões dependentes da produção alcooleira.


A prevenção, nesse cenário, é a estratégia mais eficaz. Isso passa pela fiscalização rigorosa das bebidas comercializadas, mas também pela educação da população. Em locais como Índia e Quênia, campanhas educativas associadas a operações de fiscalização reduziram significativamente a ocorrência de surtos. A recomendação é simples e crucial de não consumir bebidas de origem duvidosa ou sem selo de inspeção. Para os profissionais de saúde, manter atenção especial em pacientes que relatam ingestão de álcool de procedência incerta e apresentam alterações visuais pode significar salvar vidas.


O problema da intoxicação por metanol não se limita a países em desenvolvimento. Mesmo em nações com sistemas de fiscalização robustos, como os Estados Unidos e países da Europa Ocidental, ainda são relatados casos. Isso mostra que o risco não está restrito à clandestinidade, mas à própria disponibilidade do produto. No entanto, é nos contextos de maior vulnerabilidade social que a tragédia se repete em larga escala.


Portanto, o metanol continua sendo um desafio para a saúde pública mundial. Ele reúne todos os elementos de um veneno traiçoeiro, fácil de confundir, barato, amplamente disponível e extremamente nocivo quando metabolizado pelo corpo. O tratamento existe, mas depende de diagnóstico precoce, infraestrutura hospitalar e rapidez, algo que nem sempre está disponível em locais mais afetados. Por isso, a prevenção deve ser vista como prioridade absoluta. O conhecimento da população, a fiscalização efetiva e a vigilância sanitária são as ferramentas mais poderosas para reduzir as mortes e a cegueira associadas a esse tipo de intoxicação.

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João de barros 4 de outubro de 2025 4 de outubro de 2025
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Por João de barros
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Especialista em Nefrologia e Clínica Médica; Membro titular da Sociedade Brasileira de Nefrologia Professor da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP); Mestre em Ciências da Saúde Preceptor de Clínica Médica. CRM 892 RQE 386
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