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A Gazeta do Amapá > Blog > Colunista > João de Barros > Nutracêuticos
João de Barros

Nutracêuticos

João de barros
Ultima atualização: 15 de novembro de 2025 às 18:44
Por João de barros 4 horas atrás
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Nos últimos anos, os nutracêuticos deixaram de ser um tema restrito a revistas de saúde ou ao discurso de nutricionistas para ocupar um papel central nas conversas sobre medicina preventiva e longevidade. O termo, criado na década de 1980 pelo médico norte-americano Stephen DeFelice, combina “nutrição” e “farmacêutico” e descreve substâncias naturais extraídas de alimentos como vitaminas, minerais, ácidos graxos, compostos vegetais, fibras e probióticos que oferecem benefícios adicionais à saúde além da simples nutrição. A ideia que os sustenta é fascinante, em vez de apenas corrigir doenças já instaladas, usar compostos bioativos para fortalecer o organismo, equilibrar funções metabólicas e retardar o envelhecimento celular.
A medicina moderna, cada vez mais focada na prevenção, começa a reconhecer a importância desse campo. Segundo o Global Nutraceuticals Market Report 2024, o mercado mundial de nutracêuticos movimentou mais de US$ 400 bilhões no último ano, com uma taxa de crescimento anual superior a 7%. O Brasil ocupa uma posição de destaque nesse cenário, figurando entre os cinco maiores consumidores globais, com um setor que movimenta mais de R$ 7 bilhões por ano, de acordo com a ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres). O perfil do consumidor brasileiro também está mudando, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE mostra que 19,2% dos adultos relataram uso de suplementos nos últimos 30 dias, e esse número sobe para 34% entre idosos, refletindo o desejo crescente de viver mais e melhor.
Por trás desse movimento, há uma transformação cultural e científica. Durante décadas, a medicina concentrou esforços em tratar doenças já estabelecidas como hipertensão, diabetes, dislipidemias com fármacos cada vez mais específicos. Hoje, contudo, começa-se a compreender que muitas dessas doenças são o desfecho tardio de processos silenciosos de inflamação e estresse oxidativo que podem ser atenuados ou retardados por meio da alimentação e de compostos bioativos. É aqui que entram os nutracêuticos, eles não são remédios, mas agentes moduladores que ajudam o corpo a manter o equilíbrio interno.
O ômega-3 talvez seja o exemplo mais emblemático. Ácidos graxos poli-insaturados presentes em peixes de águas frias, como salmão e sardinha, têm sido amplamente estudados há mais de 30 anos. Ensaios clínicos mostram que o uso de 2 a 4 gramas por dia de EPA e DHA (suas principais frações ativas) pode reduzir os triglicerídeos em até 30%, melhorar a função endotelial dos vasos e exercer efeito anti-inflamatório. Um estudo publicado no Journal of the American Heart Association revelou que populações com alto consumo de ômega-3, como os japoneses e islandeses, têm uma redução de 40% na mortalidade cardiovascular em comparação com regiões onde o consumo é baixo. O Brasil, com sua dieta tradicional rica em gorduras saturadas e baixa ingestão de peixes, pode se beneficiar amplamente dessa suplementação, especialmente indivíduos com dislipidemia familiar ou triglicerídeos elevados.
Outro grupo importante são as fibras solúveis, como a beta-glucana da aveia e a pectina das frutas. Elas formam uma espécie de gel no intestino, retardando a absorção de gorduras e açúcares. Uma meta-análise publicada no American Journal of Clinical Nutrition demonstrou que o consumo de 10 gramas de fibras solúveis por dia pode reduzir o colesterol LDL em cerca de 5%, valor modesto, mas suficiente para gerar impacto populacional significativo quando associado a outros hábitos saudáveis. Além disso, fibras melhoram a saciedade, ajudam na regulação da glicemia e alimentam bactérias benéficas do intestino, mostrando como um simples componente dietético pode afetar múltiplos sistemas corporais.
Os probióticos também ganharam destaque e deixaram de ser vistos apenas como “moda passageira”. A ciência comprova que a microbiota intestinal exerce papel essencial na imunidade, no metabolismo e até na saúde mental, um eixo conhecido como “intestino-cérebro”. Em pacientes que usam antibióticos, probióticos com cepas de Lactobacillus e Saccharomyces boulardii reduzem significativamente a incidência de diarreia, segundo revisões da Cochrane Library, caindo de 23% para 8%. Além disso, estudos recentes apontam benefícios no controle de doenças inflamatórias intestinais, alergias e até obesidade, ainda que os resultados dependam fortemente da cepa e da dose utilizadas.
Por outro lado, nem tudo que é natural é inofensivo. É comum que o consumidor associe a palavra “natural” à ideia de segurança, mas isso é um equívoco perigoso. Compostos vegetais também têm farmacologia ativa e, portanto, podem interagir com medicamentos, causar efeitos adversos ou sobrecarregar o fígado. Um levantamento publicado no New England Journal of Medicine estimou que 23 mil norte-americanos por ano são atendidos em emergências hospitalares devido a suplementos alimentares, principalmente produtos para emagrecimento ou aumento de energia. No Brasil, a Anvisa alerta que suplementos sem registro e vendidos em sites informais podem conter substâncias proibidas, adulteradas ou em doses perigosamente altas.
Entre os compostos vegetais estudados, a curcumina, pigmento da cúrcuma (açafrão-da-terra), é uma das mais promissoras. Ela apresenta potente ação anti-inflamatória e antioxidante, interferindo em vias moleculares associadas ao câncer, Alzheimer e doenças cardiovasculares. Contudo, sua biodisponibilidade é inferior a 1%, ou seja, o corpo absorve pouquíssimo quando ingerida pura. A indústria vem desenvolvendo formulações nanotecnológicas e associações com piperina (presente na pimenta-do-reino), que aumentam sua absorção em até 20 vezes, um exemplo claro de como biotecnologia e natureza podem caminhar juntas.

Esse casamento entre pesquisa científica e biodiversidade ganha um brilho especial no Brasil. A Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e seu Laboratório de Fármaco, por exemplo, tem desenvolvido estudos pioneiros sobre compostos bioativos amazônicos para modulação e melhoria de peso, melhoria de função cardiovascular e sexual. Pesquisas com extratos de açaí, camu-camu e castanha-do-Brasil apontam efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios que podem proteger o endotélio vascular e reduzir o estresse oxidativo, fatores diretamente ligados ao risco de infarto e AVC. O camu-camu, por exemplo, contém até 60 vezes mais vitamina C que a laranja e concentra altos níveis de antocianinas, que melhoram a função dos vasos e reduzem radicais livres. Esses estudos não apenas revelam um tesouro biológico, mas também abrem espaço para inovação econômica sustentável, aliando ciência, biodiversidade e desenvolvimento regional.
Apesar dos avanços, o uso de nutracêuticos ainda exige discernimento. Muitos produtos divulgam benefícios grandiosos sem respaldo científico. Diferente dos medicamentos, que precisam passar por rigorosos ensaios clínicos, os suplementos alimentares têm regulamentação mais flexível. Por isso, cabe ao consumidor e aos profissionais de saúde avaliar criticamente rótulos, composições e evidências antes de recomendar ou consumir.
No entanto, negar o potencial dos nutracêuticos seria ignorar uma tendência irreversível da medicina moderna. Eles representam um elo entre o alimento e o remédio, uma ponte que conecta a tradição das plantas medicinais com os métodos científicos da farmacologia. Quando bem indicados, podem reduzir a necessidade de medicamentos, prevenir complicações crônicas e melhorar a qualidade de vida. O segredo está no equilíbrio, nutracêuticos devem complementar, nunca substituir, uma alimentação equilibrada, o controle médico e o estilo de vida saudável.
Em última instância, talvez o maior valor dos nutracêuticos não esteja apenas nos compostos que eles carregam, mas no que simbolizam. O retorno à compreensão de que saúde é construída dia após dia, com escolhas conscientes, alimentação natural e respeito ao corpo. A ciência segue avançando, a tecnologia aprimora as fórmulas e as universidades brasileiras, especialmente na Amazônia, mostram que a biodiversidade pode ser o motor de uma nova era de medicina integrativa, uma que une prevenção, sustentabilidade e inovação. O futuro da saúde pode, afinal, estar mais próximo da floresta do que do laboratório.

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João de barros 15 de novembro de 2025 15 de novembro de 2025
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Por João de barros
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Especialista em Nefrologia e Clínica Médica; Membro titular da Sociedade Brasileira de Nefrologia Professor da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP); Mestre em Ciências da Saúde Preceptor de Clínica Médica. CRM 892 RQE 386
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