Na primeira semana de abril de 2025, o presidente Donald Trump, recém-empossado para seu segundo mandato, surpreendeu o cenário internacional ao anunciar um novo pacote tarifário agressivo, reacendendo tensões que marcaram seu primeiro governo. A medida, apelidada pela imprensa internacional de “tarifaço 2.0”, impõe pesadas sobretaxas sobre produtos estratégicos vindos da China, União Europeia, Brasil e outros países emergentes, sob a justificativa de promover uma “reindustrialização urgente” e conter o “déficit comercial crônico dos EUA”. Economistas e líderes mundiais reagiram com preocupação, temendo uma nova guerra comercial em um momento de recuperação econômica global. Paul Krugman, Nobel de Economia, criticou a decisão como “um erro crasso em um momento de fragilidade econômica mundial”, afirmando que “o protecionismo de Trump já falhou uma vez — repetir a dose é insistir na ilusão”.
Os líderes dos países atingidos responderam com firmeza. Emmanuel Macron, presidente da França, declarou que “os Estados Unidos estão minando a estabilidade global em nome de um nacionalismo econômico ultrapassado”. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, classificou a medida como “um retrocesso perigoso”, ressaltando que o Brasil será duramente afetado no setor do agronegócio e da indústria de base. Xi Jinping, presidente da China, anunciou retaliações imediatas com tarifas sobre semicondutores e produtos agrícolas norte-americanos, reacendendo a mesma disputa comercial que dominou os noticiários entre 2018 e 2020. Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, declarou que o país “está preparado para defender seus interesses econômicos com firmeza e inteligência diplomática”.
O impacto inicial no mercado foi imediato: bolsas internacionais operaram em queda, o dólar se valorizou em relação às moedas de países emergentes, e diversos setores industriais relataram paralisações de contratos. Joseph Stiglitz, também Nobel de Economia, alertou que “o novo tarifaço de Trump pode quebrar cadeias produtivas inteiras, dificultando ainda mais a recuperação do crescimento global”. Nos Estados Unidos, sindicatos industriais e setores do carvão e do aço celebraram a medida, mas empresas exportadoras e associações de consumidores criticaram duramente o aumento nos custos de produção e o provável repasse aos preços finais. Segundo o FMI, a medida pode reduzir em até 0,8% o crescimento global previsto para 2025, com efeitos mais severos sobre países com economias dependentes da exportação.
Ao adotar novamente uma política econômica unilateralista e protecionista, Trump reacende os riscos de fragmentação do sistema multilateral de comércio. A União Europeia convocou uma cúpula extraordinária para discutir contramedidas e estratégias de contenção dos danos. A OMC, fragilizada desde o primeiro mandato de Trump, voltou ao centro das atenções com pedidos de intervenção. Economistas alertam para o risco de um ciclo de retaliações em cadeia, prejudicando a confiança nos mercados internacionais. O tarifaço de 2025 não apenas repete erros do passado, mas sinaliza ao mundo que os Estados Unidos seguem optando pelo confronto ao invés da cooperação — uma escolha que pode custar caro não só aos adversários comerciais, mas também ao próprio povo americano.
O tarifaço de Trump em 2025 reacende tensão no comércio internacional
