EXPECTATIVA
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, sobreviveu, na última sexta-feira (17) a um voto de desconfiança no parlamento. Ainda falta a votação de um segundo voto, mas para a vitória no primeiro foi crucial o apoio do Partido Socialista, que confiou na promessa do premiê de suspender a contestada reforma previdenciária do presidente Francês Emmanuel Macron até as eleições de 2027. Lecornu, que já era o primeiro-ministro da frança com o menor mandato nos tempos modernos antes de ser renomeado, na semana passada, enfrentou a perspectiva de um segundo mandato ainda mais curto, até fazer a concessão da reforma previdenciária.
NOVA VACINA
A SpiN-TEC, primeira vacina 100% por cento nacional contra a covid-19, deve chegar à rede pública nacional de saúde no ano que vem. O anúncio foi feito pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, no programa Bom dia, Ministra, na capital federal produzido pela Empresa Brasil de Comunicação, na última semana. A vacina foi desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais, com recursos federais do MCTI. Segundo a ministra, foram investidos R$ 140 milhões na nova vacina com 100% de conhecimento dos pesquisadores brasileiros.
CRITICA AOS EUA
Sem citar o presidente Trump, o presidente Lula saiu em defesa da Venezuela, e de Cuba, em meio ao aumento da pressão dos Estados Unidos contra o governo de Nicolas Maduro. “Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela. O Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele próprio. O que defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, disse Lula em evento do PCdoB, em Brasília. O presidente do Brasil, em conjunto com a maioria dos presidentes dos países da América Latina, já haviam manifestado preocupação com a movimentação militar de Washington nas águas do Caribe. Lula condenou a manutenção de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo na América Central.
PREOCUPAÇÃO
Segundo o presidente Lula, os EUA tentam, desde a década de 1960, mudar o sistema político de Cuba aplicando um embargo econômico e financeiro que pune empresas e embarcações que comercializem com a ilha caribenha. De acordo com a imprensa norte-americana, o Exército do país já teria lançado seis ataques contra embarcações, assassinando mais de 30 pessoas. O governo Maduro denuncia que os EUA buscam realizar uma “mudança de regime” e promete denunciar as ações no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Para os analistas em política internacional, a ação do presidente Trump na Venezuela é um precedente perigoso que abre espaço para intervenções dos EUA em outros países do continente sempre que a Casa Branca tiver seus interesses contrariados, a exemplo do que ocorreu durante toda a Guerra Fria com os apoios a ditaduras militares na região.
CRESCIMENTO
O número de pessoas que trabalham por meio de aplicativos cresceu 25,4% em 2024, na comparação com 2022. Nesse intervalo, o contingente de trabalhadores nessa condição passou de 1,3 milhão para quase 1,7 milhão. São 335 mil pessoas a mais. Nesse período, houve aumento de participação desses trabalhadores no universo da população ocupada – pessoas com 14 anos ou mais que trabalham. Em 2022, os trabalhadores por meio de aplicativos eram 1,5% dos 85,6 milhões de ocupados, proporção que alcançou 1,9% dos 88,5 milhões de ocupados em 2024. Os dados fazem parte do módulo sobre trabalho por meio de plataformas digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgado pelo IBGE. De acordo com o analista responsável pela pesquisa, Gustavo Fontes, explicações para esse aumento podem passar pelo fato de esses trabalhadores conseguirem mais renda; além da flexibilidade que a modalidade permite.
APLICATIVOS
O IBGE considerou 4 tipos de aplicativos mais populares, sendo os de transporte a modalidade mais utilizada: aplicativos de transporte particular de passageiros (excluindo táxi): 53,1% dos trabalhadores, aplicativos de entrega de comida, produtos etc.: 29,3%, aplicativos de prestação de serviços gerais ou profissionais: 17,8%, aplicativos de táxi: 13,8%. Na categoria serviços profissionais estão casos como designers, tradutores e até telemedicina, quando o médico usa a plataforma digital para captar pacientes e realizar consultas. Do 1,7 milhão de trabalhadores, 72,1% têm a atividade classificada como operador de instalação e máquinas e montadores, que é, segundo o IBGE, a categoria que abrange os motoristas e motociclistas.
Informalidade. Enquanto na população brasileira ocupada, 44% dos trabalhadores são informais, entre os plataformizados, como chama o IBGE, esse percentual salta para 71%. O IBGE considera informal situações como empregados sem carteira assinada e quem trabalha por conta própria, mas sem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.
PLATAFORMIZADO
Os pesquisadores identificaram os seguintes vínculos entre os plataformizados: •86,1% trabalham por conta própria, •6,1% são empregadores, •3,9% são empregados sem carteira assinada, •3,2% são empregados com carteira assinada. Um exemplo de empregador é o dono de um restaurante que vende refeições por meio de aplicativo. A proporção dos conta própria entre os plataformizados é três vezes maior que na população ocupada como um todo (28%). Em 2024, de todos os ocupados por conta própria, 5,7% trabalhavam por meio de plataformas digitais. Ao traçar o perfil do trabalhador “plataformizado”, a Pnad identificou que 83,9% deles são homens, proporção bem acima do patamar no universo da população ocupada como um todo (58,8% são homens). As mulheres somam 16,1% entre as plataformizadas e 41,2% na população ocupada brasileira. O técnico responsável pelo estudo, associa a predominância masculina ao fato de os apps mais utilizados serem de entrega e transporte de passageiros.
DESTAQUE
Preservar a Amazônia passa por conhecer suas riquezas e desafios. No coração da floresta, o Museu Paraense Emílio Goeldi se destaca há mais de 150 anos pela pesquisa e valorização da região. Primeira instituição brasileira dedicada ao estudo da Amazônia, o museu terá papel de destaque durante a COP30, em Belém. No ano em que a COP é realizada em Belém, o mundo olha para a cidade. E entre as instituições que conhecem bem a Amazônia está o Museu Paraense Emílio Goeldi. Fundado na cidade de Belém em 1866, o Museu Goeldi foi o primeiro projeto científico nacional criado para estudar a Amazônia. Desde a sua fundação, a Amazônia é o elemento central na agenda de pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi. No laboratório de restauração arqueológica, as pesquisas buscam compreender a ocupação e a presença humana na Amazônia. Apenas no século 21, junto com vários parceiros, o Museu Goeldi já apresentou mais de 800 espécies novas de fauna, flora e fungos. As pesquisas alimentam e são municiadas por 19 coleções científicas principais, integradas por mais de 4,5 milhões de itens tombados. A Maior floresta tropical do mundo, hoje conhecida pela megadiversidade, pelo papel de fornecer chuvas para a América do Sul e ser uma aliada importante no combate às mudanças climáticas no mundo. São 159 anos desenvolvendo pesquisas sobre a sociobiodiversidade e a conservação da região amazônica. Durante a COP30, em Belém, o Parque Zoobotânico do Goeldi vai funcionar como uma extensão da Zona Verde, reforçando a importância da instituição.