A inconsequência de seu uso esta anormal e abusiva. Em nosso país, outros também, virou modal em conquistas de razões e devidas explicações. E como disse, se outros, hoje dela abusam, por aqui quem não deveria também o faz publicamente e a todo instante, ao justificarem comportamentos e decisões.
Neste nosso Brasil, apelos democráticos para explicações até não solicitadas, são exibidas a todos os momentos até por ministros de suprema corte. Justificando “imposições”, alegam sempre estarem em defesa da democracia, “como eles a conhecem”, e não da obrigação constitucional ou das leis que ignoram, dando lugar a absurdo status jurídico.
Este Brasil tem modelos “democráticos” para todo mundo, mas o mais simplista e empregado é aquele do, dependendo do cargo, “eu mando e você obedece”. E nessa esculhambada jurisprudência defensora de intenções, direitos políticos e outros, mesmo com inúmeras opiniões sensatas em contrário, é permitido a vítimas serem acusadoras e por serem fantásticos e exagerados auto democratas, tornarem-se julgadores parciais.
Por outro lado, notamos agora a escalada de virulentas e estapafúrdias declarações de políticos em cargos máximos, o que não deveria nunca acontecer, porque vem eles falando por toda uma Nação, nas quais muitos pensam bem diferente deles, não podendo, entretanto, deixar de serem tangidos por eles.
Nos chega terceiro ou quarto avião de buscados, não resgatados, da Palestina. Trinta e quatro, voo caro para poucos que deixou gente para trás. Porém, outros já teriam vindo numa boa, mas como a este correu boato, estou certo, boato, que teria dedo de ex-presidente para tal soltura, buscaram logo arrumar um palanque de espera para o da vez.
Na quentura da noite, no stress de final de dia trabalhado, se assim foi, lá estava eloquente com microfone a mão nosso presidente, esposa, autoridades e chalaças.
Pronto, se nós não tínhamos nada a ver com essa mais que milenar discórdia nas arábias, embora entre atuais litigantes, passamos a ter. Oh boca grande!!!!
Internacionalmente o assunto incomoda muito mais que nosso Brasil possa ajudar e seria dispensável essa continuada semeadura de ódios. Nosso povo que pouquíssimo exemplos divisionários exibe, não deveria jamais entrar em tal e não solucionável questão. Contada por séculos, o tempo tem demostrado isso. Só um idiota e inconsequente à vida alheia não vê. Por isso, foi só o “bruto” tomar lado e já pipocaram divergentes opiniões em todos os cantos em nosso mundo pacífico.
E o danado não parou, semanas antes das eleições argentinas, já dava pitacos também lá. Um Presidente de república de gaúchos, passando por mineiros, aos amapaenses, chegando ao Acre, palpitando na exclusividade dos hermanos. Perdeu a cabeça ao se olhar no espelho, e não apercebendo seu tamanho, achou-se poderoso, indo do cargo a insanidade. Não se deu conta que são relações internacionais e próximas demais, senão a maior e mais chegada, não devendo nunca ser ou ficar comprometida e abalada por partidarismos ou opiniões individuais. Foi sim, também irresponsável outra vez. Apostou num jogo e pior, o adversário venceu… quatro anos, ou possíveis mais três de merdas mal-educadas, entre nós e vizinhos.
Bem porque, o outro eleito, também muito falastrão, não fez barato e mandou os pés usando a língua em nossa figura maior, completando a ofensa convidando o citado antecessor, também extremado exemplar em porradas verbais, a ir lá e logo. E ele foi mesmo, a botar mais lenha na fogueira.
E na comemoração ou vingança, vem de lá o Messi e em pleno Maracanã dá um cacete em nossa bem ruim seleção. Dividida como palestinos, embora pacificamente, não se entendem, ficando no cada um por si. Estou mesmo inclinado a acreditar que se não nos classificarmos para a próxima copa, fato inédito, o humor nacional vai ficar péssimo e aí além do técnico, vão culpar o Lula de ficar democraticamente fazendo raiva aos outros.
Interessante, que todos e de quaisquer lados chamam a isso democracia. Mas, pergunto, como, se não respeitam desejos e desconsideram atividades e vontades daqueles que não os quiseram? Ignorâncias…
Escutamos de cantos e longínquas fronteiras ofensas a nosso presidente, o que responsavelmente não posso e não devemos aceitar, ele é o presidente e o será até final de mandato, e se ele próprio não cuida resguardar a liturgia do cargo cabe a nós fazê-lo. E mais que nunca, no futuro, participarmos melhor para que nossas escolhas nas urnas sejam uteis a Nação. Podendo ainda pleitearmos, quem sabe, permitir acontecer votos às esposas que queiram participar ou no mínimo aparecerem.
Com tais atenções e cuidados, pode-se até não melhorar, mas pior não ficará… apenas o encanto se acabará ao deixar pouca alegria no picadeiro central da democracia.
BH/Macapá,26/11/2023
Jose Altino Machado
P.s: Observe-se que a democracia foi instituída para deter a submissão do fraco ao mais forte. Entretando, no Brasil, se o mencionado forte tiver a cor do dinheiro ou a clava do poder, ela se revoga