O mês de setembro é o mês do “Setembro Amarelo”, ao qual é estabelecida a campanha nacional de prevenção ao suicídio. Por esse motivo, durante esse mês vamos falar sobre as doenças da mente e a importância da saúde mental.
Hoje falaremos sobre uma das doenças mais prevalentes na sociedade atual, a Depressão.
O que é a doença Depressão?
A depressão é um transtorno mental grave e altamente prevalente na população em geral. De acordo com estudo epidemiológico a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil está em torno de 15,5%.
Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). A época comum do aparecimento é o final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade.
A depressão tem associação com história familiar?
Sim. Em alguns casos há essa associação. Estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um componente genético. Quando há esse componente envolvido, há 40% da suscetibilidade para desenvolver depressão.
Por que atualmente tantas pessoas desenvolvem a depressão?
O que se percebe hoje é que boa parte da população tem algum tipo de transtorno mental. Alguns fatores pra isso é que a vida moderna traz uma série de pressões, como o trabalho, as expectativas sociais e as responsabilidades familiares, que podem gerar estresse intenso.
Outros fatores que podemos citar é o fato que a solidão e o isolamento social, exacerbados pela tecnologia e pelas redes sociais, podem fazer com que as pessoas se sintam desconectadas e desamparadas.
Esses fatores, entre outros, podem interagir de maneira complexa, levando ao aumento da incidência de depressão na sociedade atual.
Quais fatores podem ser gatilho para a depressão?
Eventos estressantes podem desencadear episódios depressivos naqueles que tem uma predisposição genética a desenvolver a doença. Exemplos são transformações nas dinâmicas familiares, como divórcios e separações, podem contribuir para sentimentos de perda e insegurança.
Hábitos de vida, como sedentarismo, má alimentação e falta de sono, também podem impactar negativamente a saúde mental.
Quais sintomas podem alertar para a depressão?
Principal sintoma presente é o humor depressivo. A pessoa com depressão relata uma sensação de tristeza, autodesvalorização e sentimento de culpa. Há o sentimento de incapacidade de sentir prazer ou alegria. Tudo parece vazio, o mundo é visto sem cores, sem matizes de alegria. Muitos se mostram mais apáticos do que tristes, referindo “sentimento de falta de sentimento”. Julgam-se um peso para os familiares e amigos, invocam a morte como forma de alívio para si e familiares. Fazem avaliação negativa acerca de si mesmo, do mundo e do futuro. Percebem as dificuldades como intransponíveis, tendo o desejo de por fim a um estado penoso. Os pensamentos suicidas variam desde o desejo de estar morto até planos detalhados de se matar.
Há também a constante falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa.
O apetite é geralmente diminuído, podendo ocorrer em algumas formas de depressão aumento do apetite, com maior interesse por carboidratos e doces.
Algumas pessoas desenvolvem quadro de insônia, também dores e sintomas físicos difusos como mal-estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia, sudorese.
Há cura para a depressão?
Sim. A depressão é uma condição complexa, mas pode ser tratada e controlada na maioria dos casos. Muitas pessoas encontram alívio dos sintomas através de uma combinação de terapias, como a psicoterapia e a medicação. Além disso, mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos, alimentação saudável e apoio social, também podem ser benéficas.
É importante que pessoas que sofrem de depressão busquem ajuda profissional. Cada caso é único, e um profissional de saúde mental pode oferecer um plano de tratamento adequado. Embora a cura completa possa não ser garantida para todos, muitas pessoas conseguem levar uma vida satisfatória e produtiva com o tratamento apropriado.
Como posso previnir a doença?
Manter um estilo de vida saudável, através de uma dieta equilibrada, prática de atividade física regularmente. É importante combater o estresse concedendo tempo na agenda para atividades prazeirosas.
Deve-se evitar o consumo de álcool, não usar drogas ilícitas e rotina de sono regular. Principalmente não interromper tratamento sem orientação médica.
Adaptado: Ministério da Saúde.