Para entender melhor como se comporta o movimento ecopsicológico, que agora tem despertado muito interesse porém à séculos o homem se harmoniza com a natureza.
Segundo Theodore Roszak, seu objetivo [da ecopsicologia] é superar o histórico e persistente abismo entre o psicológico e o ecológico, para ver as necessidades do planeta e as da pessoa como um continuum. Em busca de um maior grau de sanidade, ela começa onde muitos diriam que a sanidade sai de cena: no limiar do mundo não-humano. De uma certa forma, nesse mútuo tecer da ciência, psiquiatria, poesia e política, as prioridades ecológicas do planeta passam a ser expressas por meio do mais privado trabalho espiritual. O grito da Terra por ajuda contra o peso punitivo do sistema industrial que nós criamos é o nosso próprio grito por uma vida em escala e qualidade que liberte a cada um para tornarmo-nos a pessoa completa que, sabemos, nascemos para ser”.
Já James Hillman, diz que “Sozinhos em um campo ou nas areias da praia…nos sentimos mais perto do mistério da vida e da morte do que quando realmente estamos em risco, atravessando uma rua ou dentro de um carro veloz, quando a morte pode estar, literalmente, fazendo a curva…A natureza parece querer nos lembrar da morte. Será por isso que é tão difícil sair de casa, deixar o carro..?”
Palinirus ressalta que “Quanto mais eu vejo a vida mais eu percebo que somente por meio de uma solitária comunhão com a natureza pode alguém ter ideia de sua riqueza e significado. Eu sei que nesses momentos de contemplação está minha verdadeira personalidade.”
Já Henry David Thoreau nos seus ensaios nos relata que “Eu me sinto alarmado quando acontece de ter caminhado uma milha dentro da floresta sem ter estado lá em espírito…Que negócio tenho eu na floresta, para estar pensando em algo que não é a floresta?”
John Welwood nos trás a reflexão que “Somente na quietude e simplicidade da presença podemos nós realmente apreciarmos nossa vida e nos reconectarmos com a magia de estarmos vivos na Terra.”
No Brasil temos o Instituto Brasileiro de Ecopsicologia – IBE que tem como missão levar a Ecopsicologia ao público brasileiro, em sintonia com outros institutos e parceiros, em especial na Europa e na América do Sul, alinhados com a Sociedade Internacional de Ecopsicologia (International Ecopsychology Society – IES), com sede na Suíça. Sediado em Brasília, o IBE oferece cursos, vivências, expedições e formações em Ecopsicologia em todo o Brasil.
Para melhor conexão, existe a Rede Brasileira de Ecopsicologia que é o vínculo entre profissionais que integram a Ecopsicologia à sua prática, estudantes de Ecopsicologia que fizeram cursos credenciados pela International Ecopsychology Society (IES) ou pelo Instituto Brasileiro de Ecopsicologia (IBE).
Na Europa, foi criada em 2005 como European Ecopsychology Society (EES), na Suíça, onde tem sede, com o propósito de incrementar o desenvolvimento e a difusão da Ecopsicologia e integrar praticantes e simpatizantes a esse esforço. Com o seu crescimento e a ampla adesão de países de fora do continente europeu, foi refundada, em 2016, como International Ecopsychology Society (IES). Conta com representantes em vários países. Marco Aurélio Bilibio a representa no Brasil. Realizou cinco congressos internacionais. Em setembro de 2017 houve o VI Congresso Internacional de Ecopsicologia, no Uruguai. Em 2019 ocorreu na Espanha.
Na vida temos que viver o que está vivo. Que tal você vivenciar a vida da natureza. [email protected].