O governador Waldez Góes e investidores russos assinaram o Acordo Básico de Cooperação Econômica, Científica, Técnica e Tecnológica para o desenvolvimento de projetos em áreas estratégicas como: saneamento básico, distribuição e tratamento de água, recuperação energética de resíduos, tecnologia da informação e tecnologia financeira e administrativa para água e esgoto.
O acordo finalizou a agenda de dois dias dos investidores no Amapá, onde conheceram as possibilidades de investimentos oferecidas pelo Estado que, por sua vez, mostrou interesse em utilizar a tecnologia e a experiência russa para investir em áreas como a rede de saneamento básico. Entre as perspectivas, está a de buscar novas tecnologias que agreguem valor à Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa). Na área de resíduos sólidos, será estudada a possibilidade da instalação da indústria de reciclagem, aproveitamento de resíduos e geração de energia, afim de eliminar os lixões a céu aberto.
O governador avaliou a agenda como positiva e voltada para criação de oportunidades para a matriz econômica, integrada ao Programa Tesouro Verde, ou seja, com foco na economia sustentável. “Umas das peculiaridades da Rússia é a tecnologia, referência no mundo em termos de saneamento, onde é feito o tratamento de águas em condições mais adversas que as nossas. E no Amapá também tem muitas potencialidades que atraem os russos, a exemplo do rebanho bubalino, cadeia de pescado, grãos, setor madeireiro, entre outros”, explanou Waldez Góes, acrescentando que também são atrativas as vantagens estratégicas como incentivos fiscais, localização geográfica e potencialidades dos setores da mineração e da piscicultura. “Portanto, essa parceria beneficia a todos os envolvidos”, complementa.
Após o encontro e assinatura do documento ficou definido que a partir da semana que vem os órgãos estaduais estarão discutindo o desdobramento da agenda. O acordo aconteceu após uma intensa agenda na qual os empresários foram recebidos pelo chefe do Executivo e conheceram as potencialidades econômicas locais, a exemplo, do rebanho bubalino amapaense que é o segundo maior do Brasil com 380 mil cabeças de búfalos.
Os estrangeiros também percorreram pontos estratégicos como uma fábrica de laticínios; a empresa Amapá Floresta e Celulose (Amcel); o porto administrado pela Companhia Docas de Santana, onde foi verificando o potencial para criação de uma nova rota comercial e, a Escola de Pesca do Amapá, uma unidade de excelência ligada a outro grande potencial econômico do Estado.