Como parte da agenda cumprida por investidores russos em Macapá, os estrangeiros estiveram na empresa Amapá Florestal e Celulose S.A (Amcel). Eles conheceram as instalações do empreendimento que atua no Amapá há 42 anos com produção, processamento e exportação de cavaco de eucalipto, e que agora entrou no mercado de grãos. O empreendimento recebe incentivos fiscais do governo do Estado e da União para a compra de ativos fixos, por ser cadastrada no Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto).
Fazem parte da comitiva russa, Sergey Safronov, do Russian Social and Business Promotion Center e Dmitry Burykh, do Instituto Russo de Estudos Estratégicos do Gabinete Presidencial. Eles vieram conhecer as possiblidades de investimentos oferecidas pelo Governo do Amapá e que foram apresentadas quando o governador Waldez Góes esteve em Moscou, em abril deste ano.
A Amcel foi apresentada aos empresários como um empreendimento consolidado no mercado local produzindo aproximadamente 1 milhão de toneladas de cavaco e biomassa por ano. Com cerca de 130 mil hectares disponíveis para o plantio de florestas renováveis de eucalipto somados a 180 mil hectares de reservas nativas, o projeto florestal abrange sete municípios: Santana, Macapá, Porto Grande, Ferreira Gomes, Itaubal do Piririm, Tartarugalzinho e Amapá.
A empresa contribui, significativamente, para a economia local gerando emprego e elevando o Amapá ao mercado internacional, ainda mais agora depois que foi certificada com o Selo Amapá Produto do Meio do Mundo. O Selo agrega valor ao que se produz no polo industrial mais preservado da federação brasileira. “Essa marca tem importante reconhecimento no mercado externo”, destacou a diretora-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico (Agência Amapá), Tânia Maria, que participou da agenda dos investidores.
Oportunidades
Além do manejo florestal sustentável, cujo objetivo é reflorestar, processar e exportar cavacos de eucalipto, a Amcel também iniciou o Projeto Soja, que surgiu com a oportunidade de reaproveitar o solo que antes apresentava baixa aptidão para o plantio de eucalipto e que obteve sucesso com o experimento do plantio de grãos com bom desempenho para o cultivo da soja em solo amapaense. De acordo com a empresa, a perspectiva é manejar uma área de até 20 mil hectares para a agricultura.
Com a diversificação, chegam também, os investimentos tanto para o escoamento da produção como o recebimento de insumos, aquisição de equipamentos e a recriação de redes básicas de serviços, onde é possível aumentar os números de postos de emprego e geração de renda.
O diretor-geral financeiro da Amcel, Paulo Antunes, incentivou os investidores russos dizendo que o Amapá é um Estado em expansão, com muito potencial a ser explorado. “O mais importante é que temos o acompanhamento do governo do Estado”, lembrou. “É importante que novos investidores venham conhecer o Amapá e sejam recepcionados pelo governo, pois mostra o quanto está organizado para atrair os investimentos e dar segurança de investimentos. Eu espero que venham cada vez mais investidores, pois o Estado é promissor e está em desenvolvimento” convidou Antunes.
A diretora-presidente da Agência Amapá, Tânia Maria, avaliou que o objetivo da visita foi atingindo, pois a Amcel foi escolhida para demonstrar o potencial do Estado, tanto na posição geográfica, matéria-prima e, em especial, a segurança jurídica. “Se não fôssemos um Estado promissor, a empresa não estaria há 42 anos consolidada no mercado e, agora, com a perspectiva de diversificar o seu manejo, gerando emprego e renda”, salientou.
