Então eu saio e bem debaixo dela,
O mundo é imenso e agora eu lá na rua,
Maior que ele, mas, menor que ela!
Perdi o sono…vejo uma cadela
Passar rasante na carreira sua!
Atrás, o cão perdido que viu nela
Enfim a prole que ele constitua!
Mas ele cansa…outra se insinua,
Seguidamente e ao seu fascínio apela;
Porém não para e o outro continua
Correndo atrás que nem uma gazela!
E até que ele então lhe faça sela,
Cavalgue nela e a prostitua
façam amor em plena passarela,
Um outro cão já lhe substitua!
Do meu olhar que agora se habitua
Rola uma lágrima, nem sempre aquela
Que eu não chorasse quando se recua,
Ou recuasse por haver cancela!
Em noite assim alguém apaga a vela
Veste o roupão e se o luar flutua,
Ele procura o couro da chinela
E nela sai…e nela continua!
Por que nem sempre existirá janela
ou gato errante que por ela flua,
ou gente que tentou passar por ela
em movimento que não se conclua!!
E sendo assim, a namorada nua
A que cresceu, a que já foi donzela,
Abrirá mão da virgindade sua
e ainda assim será não menos bela!
Então, se alguém mostrasse numa tela,
Antes que o sol o breu substitua,
lá estaria eu debaixo dela,
sob essa noite…no meio da rua…