A PTT é uma doença autoimune, rara e grave, normalmente sem causa conhecida. De acordo com a secretaria de Saúde, não há como atribuir relação causal entre a enfermidade e a vacina contra Covid-19 de RNA mensageiro, como é o caso do imunizante da Pfizer.
A análise foi feita de forma conjunta por 70 profissionais reunidos pela Coordenadoria de Controle de Doenças e do Centro de Vigilância Epidemiológica.
O infectologista do Centro de Vigilância Epidemiológica, Eder Gatti, que coordenou a investigação, reafirmou a segurança dos imunizantes em uso no Brasil. “As vacinas em uso no país são seguras, mas eventos adversos pós-vacinação podem acontecer. Na maioria das vezes, são coincidentes, sem relação causal com a vacinação. Quando acontecem, precisam ser cuidadosamente avaliados”, disse.
Vacinação suspensa
Na última quinta-feira (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a suspensão de vacinação de adolescentes sem comorbidades. Primeiro, em nota técnica enviada aos estados, a pasta informou que “revisou” a recomendação porque a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela Covid-19 demonstra evolução “benigna” e permanece assintomática.
Mais tarde, em coletiva de imprensa, Queiroga justificou que a suspensão foi necessária por “desorganização dos estados”. O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse durante a coletiva que a morte em São Bernardo do Campo estaria relacionada à vacina.
“A maioria dos efeitos adversos é leve, mas houve o relato de um paciente adolescente em SP que teve morte temporalmente associada à vacinação. Estamos investigando esse caso de óbito. Não sabemos se o paciente tinha outras comorbidades ou não. A gente precisa fazer toda uma investigação clínica e laboratorial detalhada. Isso é um exemplo de uma situação de coisas que a gente precisa ficar atento em relação à imunização”, frisou.
À noite, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a autorização de uso da Pfizer em adolescentes. Mesmo depois da decisão da agência, Queiroga afirmou que irá manter a suspensão da vacinação. O ministro chegou a aconselhar que os jovens menores de 18 anos que já tomaram a primeira dose não retornem para tomar a segunda dose.

