A aproximação da Páscoa é sinônimo de oportunidade para conquistar uma colocação temporária no mercado de trabalho. Neste ano, estima-se que 14 mil profissionais serão contratados em todos os setores para atender ao aumento da demanda gerado pela data, de acordo com a Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário).
Para o presidente da entidade, Marcos de Abreu, as contratações foram iniciadas em dezembro para auxiliar a indústria na produção dos ovos de chocolate. No próximo mês, a maior parte das vagas será disponibilizada para os segmentos varejista e de serviços.
“A indústria já está concluindo as suas contratações temporárias e temos, até o dia 17 de abril, a abertura de vagas para dar suporte ao comércio e em serviços periféricos, como o marketing”, afirma o presidente da Asserttem.
De acordo com a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), mais de 8.500 trabalhadores temporários já foram alocados direta ou indiretamente em fábricas e nos pontos de vendas para suprir o aumento da demanda.
Abreu destaca ainda que as vagas temporárias abrem caminho para a efetivação dos profissionais. “Desses 14 mil contratados para a Páscoa, 3.000 serão efetivados, compondo a indústria, o comércio e os serviços”, avalia.
José Ricardo Armentano, advogado da Morad Advocacia Empresarial, reforça que o momento de incerteza, como o causado pela pandemia do novo coronavírus, estimula a abertura das vagas provisórias devido à redução de custos.
“Por não acreditarem na sustentabilidade da economia, as empresas buscam, para o atendimento da demanda atual, valer-se da mão de obra temporária, que poderá, em caso de agravamento desse cenário, ser facilmente descartada”, aponta Armentano.
Auxiliada pela abertura de vagas para a Páscoa, a Asserttem prevê a totalidade de 700 mil vagas temporárias abertas no primeiro trimestre deste ano. Somente em janeiro, foram gerados 202.220 mil postos temporários, melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2014.
Segundo a associação, o resultado positivo foi impulsionado pela indústria, responsável por 55% das contratações temporárias no mês. Na sequência, aparecem os serviços (35%) e o comércio (10%).

